sábado, 28 de janeiro de 2017

Casa com azulejos na fachada

Casa com azulejos na fachada

Curitiba tem diversas casas muito semelhantes a essa.
Em estilo modernista (ou funcional, como diziam) com uma grande superfície frontal em azulejo decorado com desenhos repetitivos.
Pela aparência delas imagino que foram construídas da década de 1960.
Não sei dizer se foram todas projetadas pelo mesmo arquiteto ou engenheiro. Acho que foi uma espécie de moda.
Atualmente vejo o uso de revestimento cerâmico principalmente em edifícios e raramente como elemento decorativo. O material é usado por razões práticas e o máximo que usam, sob o ponto de vista estético, é a combinação de duas ou três cores ou tons diferentes em grandes superfícies.
Mais recentemente o azulejo decorado foi usado em grandes murais artísticos espalhados pela cidade, alguns já mostrados aqui.
Interessante que o azulejo decorado seja usado tão pouco atualmente. Além de bonito, parece ser bem prático, em uma cidade que chove tanto.

O azulejo como elemento de decoração arquitetônica chegou no Brasil ainda no período colonial. Diversas cidades do nordeste têm casas antigas decoradas com o material, notadamente São Luís, no Maranhão. Mas depois, por um bom tempo, o azulejo decorado para aplicação externa ficou meio que esquecido.
O modernismo brasileiro resgatou o material, principalmente pela influência do arquiteto francês Le Corbusier, que “enxergou as possibilidades plásticas do revestimento e não cansava de repetir para seus jovens discípulos tupiniquins que os materiais do passado não deveriam ser desprezados”.

Referência:

GALANI, Luan. A reinvenção do azulejo no Brasil. Gazeta do Povo, Curitiba, 29 jan. 2016. Haus. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/haus/estilo-cultura/a-reinvencao-do-azulejo/>. Acesso em: 27 jan. 2017