Na Capela dos Fundadores no segundo andar do Memorial de da Cidade de Curitiba estão expostas partes dos retábulos da primeira igreja matriz de Curitiba, duas volutas e um sacrário.
Na placa no local está escrito o seguinte:
“Alteres retábulos
Originários de Portugal, os altares são provavelmente do século 18. Acredita-se que vieram por ordem de Afonso Botelho de Sampaio e Souza, lugar-tenente D’El Rey de Portugal, encarregado da conquista dos Campos de Guarapuva.
Confeccionados em madeira de cedro maciço, figuraram nas laterais da primeira igreja matriz de 1780 até 1876, quando foram transferidos para a Igreja do Rosário, ali permanecendo até 1933. Abandonados com a reforma da igreja, foram recuperados e integrados ao acervo do Museu Paranaense. Desde 1996, os altares compõem a Capela dos Fundadores, do Memorial de Curitiba.”
Muitas vezes quando estou diante de coisas assim fico a pensar sobre as pessoas que estiveram na presença daquele mesmo objeto que estou admirando naquele momento. As vezes penso sobre as pessoas que o fizeram, outras vezes sobre as pessoas que simplesmente estiveram diante dele. No caso desses altares lembro-me de ter pensado sobre quantos teriam sido batizados diante deles? Que problemas teriam? Quantos teriam rezado para alguém querido que estava doente? Estariam agradecendo a que? Quantos casaram ou foram velados? Mas não tem nada de nostálgico, pois as vezes penso no sentido contrário também. Como isso estará daqui a duzentos anos? Quem será o ocupante deste lugar? Que tipo de vida levará? Outras vezes fico simplesmente a observar a reação das pessoas. As vezes até dá para “roubar” com o canto do ouvido alguns dos comentários que fazem. Tudo muito interessante.
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