Em um lago no Passeio Público existe uma ilha chamada Ilha da Ilusão. O nome da ilha é uma referência ao livro de poemas “Ilusão” de autoria de Emiliano Perneta.
O livro foi lançado pelo poeta no dia 20 de agosto de 1911 no Passeio Público, quando esteve presente no local uma grande multidão. Naquele dia o poeta, considerado o maior poeta do estado na época, foi coroado como “Príncipe dos Poetas do Paraná”.
Para comemorar o fato existe no local um monumento com o busto em bronze de Emiliano Perneta. O busto foi inaugurado pelo então prefeito Ivo Arzua no dia 22 de outubro de 1966, por ocasião das comemorações do centenário do nascimento de Emiliano Perneta. Não consegui ainda descobrir quem foi o autor da escultura. Na entrada do monumento encontra-se também um marco de cimento com uma placa de granito onde está escrito:
“CENTENÁRIO DA COROAÇÃO DE
EMILIANO PERNETA
PRÍNCIPE DOS POETAS DO PARANÁ
“… toda madrugada é o começo do mundo …”
Instituto Neo-Pitagórico
Centro de Letras do Paraná
Academia Paranaense de Letras
Centro Paranaense Feminino de Cultura
Academia Feminina de Letras do Paraná
Academia Paranaense de Poesia
Instituto Histórico e Geográfico do Paraná
Ilha da Ilusão
Curitiba, 20 de agosto de 2011”
Emiliano David Perneta
Filho de Francisco David Antunes e de Christina Marias do Santos, Emiliano David Perneta nasceu em uma chácara em Pinhais no dia 3 de janeiro de 1866. O Perneta em seu nome surgiu em função do apelido de seu pai, que era conhecido como “perneta”.
Seus primeiros poemas foram publicados em “O Dilúculo” em 1883 em Curitiba.
Mudou-se para São Paulo onde escrevia para jornais e estudava Direito. Formou-se no dia 15 de novembro de 1889 na Faculdade do Largo de São Francisco. Escolhido como orador da turma fez um discurso a favor da República, ainda sem saber que horas antes ela havia sido proclamada no Rio de Janeiro.
Em 1890 foi morar no Rio de Janeiro, onde escrevia para diversos jornais.
De 1893 a 1896 residiu no interior de Minas Gerais, onde foi promotor de justiça
Em 1896 retornou para Curitiba onde exerceu a advocacia, o magistério e o jornalismo.
Em 1902 criou a revista simbolista “Victrix”.
Fundou o Centro de Letras do Paraná em 1912 e foi seu presidente de 1914 a 1918
Residia em uma casa na Rua Aquidaban, 413 (atual Rua Emiliano Perneta).
Faleceu na pensão de Oto Kröhne, na Rua XV de Novembro, em 21 de janeiro de 1921.
Adepto de versos parnasianos e do simbolismo teve a sua poesia contestada por um jovem escritor chamado Dalton Trevisan, adepto do modernismo.
O Passeio Público é bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e uma Unidade de Interesse de Preservação.
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Referências:
MENDONÇA, Dante. Cem anos de Ilusão. Tribuna do Paraná, Curitiba, 23 ago. 2011. Disponível em: <http://www.tribunapr.com.br/blogs/dante-mendonca/cem-anos-de-ilusao/>. Acesso em: 11 fev. 2017.
WIKIPEDIA. Emiliano Perneta. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Emiliano_Perneta>. Acesso em: 11 fev. 2017.
OS TAVERNISTA. Uma Noite na Taverna com a poesia de Emiliano Perneta. São Gonçalo, 29 mar. 2010. Disponível em: <http://manifestotavernista.blogspot.com.br/2010/03/uma-noite-na-taverna-com-poesia-de_29.html>. Acesso em; 11 fev. 2017.
CURITIBA SPACE. Quem foi: Emiliano Perneta. Disponível em: <http://curitibaspace.com.br/quem-foi-emiliano-perneta/>. Acesso em: 11 fev. 2017.