Esta herma em homenagem a Romário Martins está na Praça Santos Dumont.
Na placa de bronze, decorada com pinheiros, pinha e grimpas (motivos paranistas) está escrito:
ROMARIO MARTINS,
NOTÁVEL HISTORIADOR PARANAENSE,
EXEMPLO DE FÉ E DEDICAÇÃO
A ESTA TERRA, NESTA PRAÇA
POR ELE DOÁDA À CIDADE EM 1910,
PLANTOU ESTES PINHEIROS
–o–
EM VIII-XII-MCMI
Se não estou enganado, hoje tem apenas um pinheiro na praça. Devem ter cortado os outros.
Romário Martins
No livro “1001 Rua de Curitiba” está escrito:
“Alfredo Romário Martins nasceu em Curitiba (PR) na Rua Mato Grosso (atual Comendador Araújo), na (sic) casa onde hoje é a Sociedade Thalia em 8 de dezembro de 1874, falecendo na mesma cidade a 10 de setembro de 1948. Começou a trabalhar como tipógrafo, em 1889, nas oficinas do Dezenove de Dezembro. Tornou-se jornalista, colaborando em diversos jornais e revistas, como A República e a Ilustração Paranaense. Sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense, em 1900. Diretor do Museu Paranaense de 1902 a 1928. Deputado estadual em dez legislaturas, entre 1904 e 1928, sendo autor dos projetos do Código Florestal, do Código da Erva-Mate, do Código de Caça e Pesca, entre outros, sempre com vistas à preservação ambiental. Foi o primeiro grande ecologista do Paraná”
A pequena biografia acima dá pouco destaque ao grande historiador que ele foi, sendo o autor do livro “História do Paraná”, com a primeira edição publicada em 1899 e que é uma referência obrigatória sobre o assunto. Publicou também outros livros, como “Combate do Cormorant”, “Noites alvoradas”, “Vozes íntimas”, “Terra e gente do Paraná” e “O que é Paraná”.
Romário Martins foi um dos responsáveis pela valorização da identidade paranaense e é considerado o criador do “Movimento Paranista”, importante movimento cultural e artístico que contou com a participação de pessoas como Lange de Morretes, Oswaldo Lopes, João Turin, Zaco Paraná, entre tantos outros.
Romário Martins, pesquisou e publicou sobre a fundação de Curitiba. Além do levantamento de importantes fatos histórico, foi também ele o criador e responsável de difusão do mito fundador da cidade. Já comentei aqui a minha opinião sobre essa história do mito fundador: a cidade que não tem um mito fundador deveria criar um.
A cidade também homenageou Romário Martins dado o nome de "Casa Romário Martins" a uma das última casas remanescentes do período colonial na cidade.
Referência:
MUZZILLO, Camilla (Org.). 1001 Ruas de Curitiba. Curitiba: Artes & Textos, 2011. 240 p.