sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Se existe algo como uma imagem oficial da padroeira da cidade, sem dúvidas, seria a da Catedral.

De cima para baixo, as duas primeiras fotografias são da imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais que encontra-se no Museu Paranaense.
A plaquinha no local diz o seguinte:

“Nossa Senhora da Luz dos Pinhais
Imagem portuguesa, em terracota, trazida para a Vila de Atuba pelos primeiros colonizadores luso-brasileiros, no início do século XVII. Segunda a lenda, a Santa amanhecia olhando na direção onde deveria ser fundada Curitiba. A imagem ocupou o altar principal da antiga capela e, posteriormente, da primeira catedral de Curitiba até 1720. Em 1902, foi incorporada ao acervo do Museu Paranaense pelo então diretor Romário Martins.”

As duas fotos seguintes são da imagem que está no Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba. A identificação no local diz o seguinte:

“IMAGINÁRIA - NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS
TERRACOTA/POLICROMADA-SÉC. XVIII
Doação Secretaria da Cultura do Estado do Paraná”

A última foto é a da imagem que encontra-se atualmente na Catedral. Não estou certo, mas imagino que esteja ali desde 1893, quando o atual templo foi inaugurado.

Comentando em uma publicação compartilhada em uma rede social o prefeito Rafael Greca de Macedo escreveu: “A terceira imagem é de cedro do Mar Báltico. Segundo teste feitos por Newtom Carneiro o cedro foi cortado em 1878. A imagem chegou aqui em 1888 e foi entronizada em 1893 na nova Catedral.”

Há alguma controvérsia envolvendo a primeira imagem. Alguns dizem que ela não teria vindo de Portugal. Na falta de documentos, qualquer um dos lados pode ter razão.
De minha parte, o mais importante é que ela faz parte do mito fundador da cidade.

Para quem não conhece o mito fundador de Curitiba, ele diz resumidamente o seguinte: a Nossa Senhora que ficava na capela na Vilinha do Atuba, onde os primeiros habitantes estavam instalados, teimava de amanhecer virada em uma direção diferente daquela que havia sido deixada na noite anterior. Interpretaram isso como sendo um sinal de que ela estava querendo mudar de local e que as pessoas deveriam ir junto. O lado que ela olhava indicava a direção que deveriam seguir. Para escolher o novo local, os primeiros habitantes contrataram a assessoria do cacique Tindiquera (o chefão da região). Armado de um bastão Tindiquera, seguido dos habitantes da vilinha, saiu na direção que a Nossa Senhora indicava. Parou na atual Praça Tiradentes, mais ou menos onde hoje está a Catedral, e lá fincou o seu bastão e teria dito "Taki Keva Coré Etuba”, algo como “aqui muito pinhão”.

Essa história é ótima. Já escrevi aqui que a cidade que não tem um mito fundador deveria criar um.

texto alterado em 10 fev. 2018

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