Em uma parede no Memorial Inglês, no Bosque Gomm, estão três painéis de azulejos homenageando Carolina Tamplin, Thomas Plantagenet Bigg-Wither e John Miers.
Os painéis são bonitos, mas o mais interessante são os textos, que transcrevo abaixo.
“CAROLINE TAMPLIN
Entre os primeiros britânicos de Curitiba está Carolina Tamplin
que aqui desembarcou no final de 1868, com seu marido e seus filhos,
para viver na Colônia Assungui, cem quilômetros distantes da capital.
De 1874 a 1880, mesmo viúva, ela ainda permaneceu na Colônia,
trabalhando como professora e enfrentando muitas dificuldades.
No final de 1880, ela anunciou seus serviços no Jornal 19 de Dezembro
e mudou-se para Curitiba. Professora de inglês e francês, piano, canto
e pintura, também realizou muitos concertos e conviveu coma elite
curitibana. Nessa época, pintou aquarela referência da nossa paisagem
urbana, mostrando a Catedral em construção, ainda sem telhado.”
“BIGG-WITHER
Da nobre estirpe inglesa dos príncipes Plantagenetas, Curitiba tem entre
seus cronistas Thomas Plantagenet Bigg-Wither (1845 - 1890), cujo relato de
viagem Novo Caminho no Brasil Meridional, a Província do Paraná: três anos
de vida em suas florestas e campos 1872/1875 é brilhante testemunho sobre
nossa terra e nossa gente. Sua vinda ao Brasil foi como engenheiro da equipe
da Paraná And Mato Grosso Survey Expedition, contratada pelo governo
imperial para estudar a viabilização de uma ferrovia entre as províncias do
Mato Grosso e Paraná. Entre 1871 e 1875 ele permaneceu nas regiões de
Curitiba e Tibagi, onde fez seus registros. De volta à Inglaterra, lançou o livro e
fez conferências sobre o Paraná na Royal Geographical Society, em Londres.”
“JOHN MIERS
Esteve em Curitiba colhendo amostras em exsicatas
o engenheiro e botânico inglês John Miers (1789 - 1879).
Sábio naturalista, é autor dos livros Contributions to the Botany
of South America (1870), On the Apocynaceae of South America
(1878) e o livro de aquarelas Illustrations of South America Plants.
Este homem classificou a erva-mate com Ilex Curitibensis, a
mesma planta que o botânico francês Saint-Hilaire classificou
como Ilex Paraguaiensis, no registo do Jardim Botânico de Paris.
Miers foi feito comendador da Imperial Ordem da Rosa do Brasil
pelo Regente Feijó, que também era curitibano.”
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Publicação relacionada:
BIGG-WITHER, Thomas P. Pioneering in South Brazil: three years of forest and prairie life in the province of Paraná. London. John Murray, Albermarle Street, 1878. 2 vol.