sábado, 31 de outubro de 2015

Casa na Brigadeiro Franco 1700 (Casa João Vianna Seiler)

Casa na Brigadeiro Franco 1700

Esta casa na Rua Brigadeiro Franco, 1700 é enorme. Abrigou até recentemente uma escola e quando a fotografei estava desocupada.
Pesquisando sobre ela não consegui descobrir quem morou nela (mas agora descobri, continue lendo), mas anúncios de imobiliárias dizem que ela é de 1964 (o que está errado) e que tem 1.100 m².
Quando fiz faculdade morei na região e naquela época ainda era ocupada por uma família.

Comentando em uma foto da casa publicada em uma rede social, Heloisa Bettega Carvalho escreveu o seguinte: “A casa foi construída pelo meu bisavô João Viana Seiler para sua família. Minha avó de solteira Semiramis (Mimizinha) de Macedo Seiler casou com Lydio Bettega a irmã de minha avó Laurinda casou com o irmão do meu avô Eurico Bettega.”. Quando perguntei a ela sobre quando a casa foi construída, respondeu: “só sei que a mudança foi em Setembro de 1947.” Ou seja, a informação que eu havia publicado sobre a data da casa estava errada.

Por ocasião do falecimento do Sr. João Vianna Seiler, em 7 de novembro de 1955, o jornal “A Tarde” publicou o seguinte:

João Vianna Seiler


“A sociedade curitibana foi abalada na manhã de hoje com a infausta noticia do falecimento do industrial Sr. JOÃO VIANNA SEILER, figura de proeminência em nossos círculos sociais, industriais, econômicos, comerciais e esportivos, onde desenvolveu atividade das mais profícuas, como bem o atestam as suas realizações e as funções de destaque que ocupou em diferentes setores.

Titular na firma João Vianna Seiler e Cia Ltda. foi um dos líderes dos meios madeireiros, ocupando o cargo de Diretor Presidente do Sindicato de Laminados e Compensados do Paraná.

Sua atividade social das mais intensas fez com que fosse escolhido para postos de destaque em diferentes organizações recreativas e filantrópicas, tendo exercido a Presidência da Associação dos Empregados do Comércio, da Associação Comercial do Paraná; da Sociedade Socorro aos Necessitados e do Clube Curitibano. Foi durante muitos anos Provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia.

Nos círculos esportivos seu nome era dos mais conhecidos pois foi fundador e Patrono do Coritiba F. C., tendo sido um dos grandes benfeitores não só daquela agremiação, como do próprio esporte paranaense.

O ilustro extinto era casado com Dona Semiramis de Macedo Seiler, descendente de tradicional família paranaense. Era pai das Senhora Semoramis, casada com o Sr. Lydio Paulo Bettega; Laurinda, casada com o Sr. Eurico Bettega; Justina, casada com o Dr. Sady Souza; Dr. José Gustavo de Macedo Seiler; Sr. João Seiler Junior e Srta. Marina de Macedo Seiler.

O sepultamento do Sr. João Vianna Seiler será realizado às 17,00 horas de hoje, partindo o cortejo fúnebre de sua residência, à Rua Brigadeiro Franco, nº 1700 para a Capela da Família no Cemitério Municipal.”

texto corrigido e complementado em 4 dez. 2018

Referências:

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Um edifício que lembra outro


Este pequeno edifício na Rua Riachuelo. Com aquela espécie de coluna de vidro, lembra um pouco o edifício da Justiça Federal, que é bem mais recente.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Palácio Iguaçu

Palácio Iguaçu

Palácio Iguaçu

Palácio Iguaçu

Palácio Iguaçu

Palácio Iguaçu

O Palácio Iguaçu é um bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná.
Faz parte do grande projeto de obras, que incluíam o Centro Cívico, elaborado em 1951 por iniciativa do governador Bento Munhoz da Rocha Netto, para comemorar o centenário da emancipação política da província do Paraná.
A motivação do governador foi a de consolidar Curitiba como capital e unir o Estado. Queria também projetar o Estado perante a nação, transmitir uma imagem moderna, de um Estado rumo ao futuro.
Depois das definições iniciais do projeto do Centro Cívico, que no geral seguia o Plano Agache (elaborado entre 1941 e 1945), Bento Munhoz da Rocha Netto reuniu os seus familiares e comunicou que estavam proibidos de comprar ou se envolverem de alguma forma em transações de terras na região escolhida. Fez a mesma coisa com seus auxiliares no governo. Por ordem dele o assunto foi mantido como segredo durante a elaboração do projeto.

Bento Munhoz da Rocha Netto sofreu oposição ferrenha dos grupos políticos adversários e dos jornais que circulavam na época, “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Diário da Tarde”. Os dois primeiros eram controlados por Moysés Lupion e o último por um outro grupo rival. A “Gazeta do Povo” no dia 31 de outubro de 1951 estampou em letras garrafais a manchete “Curitiba dispensa os palácios”.

O Palácio Iguaçu foi projetado pelo arquiteto David Xavier de Azambuja, o mesmo que projetou os edifícios da Reitoria da UFPR.
É um grande bloco horizontal com uma grande fachada de vidro com quatro andares, apoiado sobre pilotis altos do andar de acesso ao edifício. Parece uma grande lâmina de vidro emoldurada e apoiada em grandes colunas. É um belo exemplo da arquitetura modernista, não só do Paraná, mas do Brasil.

Repare em um pequeno detalhe. A grande cortina de vidro tem um pequeno bloco branco. Aquilo é uma sacada na sala do governador e deveria servir de parlatório, coisa meio fora de moda em tempos de meios de informações eletrônicos.

O prédio não ficou pronto para as comemorações do centenário. Os atrasos foram provocados pela falta de mão de obra (insuficientes na época para atender um número tão grande de obras) e de materiais (principalmente ferro e cimento). Mas ficou pronto e foi inaugurado exatamente um ano depois, a zero hora do dia 19 de dezembro de 1954. A inauguração contou com a presença do presidente da República João Café Filho, que assumiu por causa do suicídio de Getúlio Vargas, que havia estado aqui um ano antes, para as comemorações do centenário e inauguração, entre outras obras, da Praça 19 de Dezembro.

O Palácio Iguaçu ficou fechado de maio de 2007 até janeiro de 2012, quando foi feito um grande trabalho de restauro. Nesse período a sede do governo estadual foi provisoriamente transferida para o Palácio das Araucárias. A reforma custou R$ 32,4 milhões, 38% a mais do que o previsto. Causou uma certa polêmica a substituição dos vidros, que anteriormente eram incolores, por vidros verdes. Um dos argumentos usados foi que os vidros previstos no projeto original eram verdes e que na época da construção foram substituídos por incolores por questões de custos. Se não eram verdes no projeto original, deveriam ter sido. Os vidros verdes deram mais destaque a obra, aumentaram o contraste e a profundidade aparente entre as diversas superfícies.

Referências:

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Palacete Leão Júnior (Solar dos Leões)

Palacete Leão Júnior
Palacete Leão Júnior
Palacete Leão Júnior
Palacete Leão Júnior
Palacete Leão Júnior

O Palacete Leão Júnior, ou Solar dos Leões, como também é conhecida essa casa, sem dúvida alguma está na minha lista das casas mais bonitas de Curitiba.

Localizada na Av. João Gualberto, ao lado da Vila Odette e bem próximo da Capela N. S. da Glória e do Colégio Estadual, ela é uma Unidade de Interesse de Preservação e bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná.

A casa foi construída por Agostinho Ermelino de Leão Júnior e sua esposa Maria Clara de Abreu Leão. O projeto foi de Cândido Ferreira de Abreu (1856-1919), irmão de Maria Clara e aquele mesmo, que a Av. Cândido de Abreu, no Centro Cívico, homenageia.

A casa em estilo eclético, de um único andar sobre um porão alto, é lindíssima. O que chama a atenção são os vários detalhes da decoração, como a escada bifurcada que dá acesso a varanda, os dois com guarda-corpo com balaústres elaborados. As cinco portas em arco, com colunas nas laterais e ricamente ornamentadas. As diversas esculturas e postes de iluminação. Toda a construção é encimada por uma platibanda com balaústras e pináculos.

A família Leão Júnior mudou-se para a casa em 1902. Na época a região era um local de chácaras que, como o Batel, passou a ser ocupada por finas residências de ervateiros e industriais. O trecho da Av. João Gualberto, até mais ou menos a altura de onde hoje tem uma trincheira, na época tinha o nome de Boulevard 2 de Julho e era uma espécie de atalho para a Estrada da Graciosa.

A casa foi muito bem restaurada pela IBM do Brasil, que construiu nos fundos os seus escritórios e abriu a casa para o público como um centro cultural. Mais tarde o BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul instalou-se no local e manteve a casa aberta como Espaço Cultural BRDE.

Os diversos Agostinho Ermelino de Leão


Desde que cheguei à Curitiba sempre ouvi falar de Agostinho Ermelino de Leão. Demorei algum tempo para perceber que o nome não era de uma pessoa, mas de várias. Cada Agostinho Ermelino de Leão teve pelo menos um filho com o mesmo nome e alguns com o nome de Ermelino Agostinho de Leão, só para complicar ainda mais. Pelo menos três deles casaram com mulheres chamadas Maria. Até hoje, sempre que ouço o nome, não sei direito de quem estão falando.
Até onde consegui destrinchar, a coisa é mais ou menos assim:

Agostinho Ermelino de Leão nº 1 (nasceu em Salvador, Bahia, em 1797 e faleceu no Recife, Pernambuco, em 1863). Foi o primeiro a chegar no Paraná, quando foi nomeado juiz-de-fora em Paranaguá pelo Imperador D. Pedro I. Casou com Maria Clara da Costa Pereira, filha do então capitão-mor da cidade. Em 1835 foi nomeado juiz de direito da comarca de Paranaguá e Curitiba, cargo em que permaneceu até 1853, quando foi nomeado desembargador, mudando-se para o Maranhão e depois para o Pernambuco, onde faleceu.

Agostinho Ermelino de Leão nº 2 (nasceu em Paranaguá, em 1834 e faleceu em Curitiba em 1901). Era formado em direito e casou com Maria Bárbara Correia, irmã bem mais velha de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul. Em Curitiba foi juiz e político, chegando a vice-presidente da Província, exercendo a presidência de forma temporária em diversas ocasiões.
Foi fundador do Museu Paranaense (junto com o Dr. Muricy) e do Clube Curitibano (junto com o Barão do Serro Azul).

Agostinho Ermelino de Leão nº 3, o Júnior. (Nasceu em Curitiba em 1866 e faleceu em 1907, também em Curitiba). Este parece ter sido o único que teve no final do nome o Júnior, para facilitar um pouco as coisas. Casou com Maria Clara de Abreu. No início trabalhou como gerente comercial na empresa de seu cunhado Francisco Fasce Fontana (casado com a sua irmã Maria das Dores), de quem era grande amigo. Por volta de 1895 mudou-se para Ponta Grossa, onde começou a construir a sua riqueza com a erva-mate. Ficou uns cinco anos por lá e depois retornou para Curitiba e começou a construir a sua bela casa, objeto dessa postagem. Como podemos observar pela data de falecimento, ele aproveitou a casa por poucos anos.
Foi ele também o fundador, em 1901, da Leão Junior S.A., empresa tradicional da cidade e produtora do nacionalmente famoso Matte Leão. A decisão de fundar a sua própria empresa surgiu depois que sua irmã, que tinha ficado viúva de Francisco Fasce Fontana, contraiu segunda núpcias com Bernardo Augusto da Veiga em 1897, que passou então a administrar as Imperiais Fábricas Fontana.
A empresa Leão Junior S.A. foi vendida recentemente para uma multinacional do setor de refrigerantes e a fábrica transferida para Fazenda Rio Grande. As antigas instalações da industria, localizada na Av. Getúlio Vargas, foi adquirida por uma igreja e demolida, para a construção de um templo.

Agostinho Ermelino de Leão nº 4, (nasceu em Curitiba em 1892 e faleceu em 1953, na mesma cidade). Continuou os negócios do pai e quando casou (ainda não consegui descobrir com quem), ganhou da mãe o terreno ao lado e construiu a Vila Odette, que já mostramos aqui nesse espaço.

Depois que incluí esta postagem, recebi o seguinte comentário em uma rede social: "Tudo perfeito vc só esqueceu do n- 5 Agostinho Ermelino de Leão Filho, o n-6 Agostinho Ermelino de Leão e do n- 7 (Eu) Agostinho Ermelino de Leão Junior"

Você pode ver outras fotos do interior, detalhes externos e do mirante.

Referências:

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

Igreja Senhor Bom Jesus do Portão

A Igreja Senhor Bom Jesus do Portão, localizada na Rua João Bettega, esquina com a Avenida República Argentina, tem uma arquitetura eclética, com alguns elementos do neogótico, como janelas no formato de ogivas e vitral de rosáceas (apesar de bem simples). Os quatro sinos instalados em 1952 vieram da Alemanha. É uma Unidade de Interesse de Preservação.

A igreja atual foi construída entre os anos de 1916 e 1928, no local onde antes existia uma pequena capela. Ela está a cargo dos padres e irmãos da Congregação dos Oblatos de São José desde a inauguração da igreja atual, em 1928.

Os Oblatos de São José dedicam-se a educação cristã da juventude e a devoção de São José. Dentro do espírito do carisma da Congregação, está instalado ao lado da igreja o Colégio Padre João Bagozzi, fundado inicialmente com o nome de Escola Imaculada Conceição. A escola foi fundada pelo padre João Bagozzi, pároco da Igreja Bom Jesus do Portão entre os anos 1952 e 1958.

Os primeiros padres da Congregação que vieram para o Brasil partiram do porto de Gênova em setembro de 1919 e desembarcaram no Rio de Janeiro no dia 7 de outubro. Depois de alguns dias na então capital, partiram para Curitiba, onde chegaram em 17 de outubro. Em 17 de janeiro de 1920 receberam oficialmente o primeiro campo de trabalho, que foi a cidade de Paranaguá.

A Igreja Senhor Bom Jesus do Portão, como o próprio nome indica, está localizada no bairro do Portão. Segundo contam, a origem do nome do bairro deve-se a existência na região de um antigo posto de fiscalização do tráfego de mercadorias que era um portão na estrada.

Minha esposa lembra-se de uma história do tempo da avó dela que contavam na família, que existia também um portão na hoje Av. Manoel Ribas, nas proximidades do cruzamento com a Rua Jacarezinho. A avó dela tinha um armazém nas proximidades. Mas neste caso, parece que o portão era fechado apenas durante a noite e o objetivo era que os animais não entrassem na cidade. Alguém mais sabe alguma história sobre esses portões que parece que existiam no entorno da cidade?

Fontes:

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Carlos Cavalcanti 382

Casa na Carlos Cavalcanti 382

Esta casa na Rua Carlos Cavalcanti, 382 é um Unidade de Interesse de Preservação.
Bonita e parece ser bem antiguinha, mas não tenho outras informações.
Você sabe alguma coisa sobre ela?

domingo, 25 de outubro de 2015

Busto de Bento Munhoz da Rocha Netto


Busto de Bento Munhoz da Rocha Netto

Busto de Bento Munhoz da Rocha Netto

Esta homenagem a Bento Munhoz da Rocha Netto (Paranaguá, 17 de dezembro de 1905 — Curitiba, 12 de novembro de 1973) está localizada na Praça Nossa Senhora de Salette, em frente ao Palácio Iguaçu.

Bento Munhoz da Rocha Netto, enquanto governador, colocou na prática o projeto do Centro Cívico, idealizado pelo Plano Agache. Foi também responsável pelos prédios atuais da Biblioteca Pública do Paraná e do Teatro Guaíra e foi ele quem fundou a Copel - Companhia Paranaense de Energia Elétrica, entre outras realizações.

Bento Munhoz da Rocha Netto foi engenheiro (formado pela UFPR), professor universitário, escritor, sociólogo e político.
Como político, foi deputado federal constituinte de 1946 a 1950 e governador eleito do Paraná de 1951 a 1955. Não foi até o fim do mandato de governador, renunciando ao final para concorrer a vice-presidência da República. Foi nomeado ministro da agricultura em 1955 e eleito deputado federal de 1958 a 1962.

Referências:

sábado, 24 de outubro de 2015

Colégio Estadual Tiradentes

Colégio Estadual Tiradentes

O Colégio Estadual Tiradentes fica na Praça 19 de Dezembro, com fundos para a Rua Presidente Faria. O prédio atual da escola foi projetado por Rubens Meister, um dos papas da arquitetura modernista, com várias obras em Curitiba (Centro Politécnico, Teatro Guaíra, Auditório da Reitoria, Palácio 29 de Março, Rodoferroviária, entre outras obras).

Como pode ser observado na foto, apesar ser tombada pelo Patrimônio Cultural do Paraná, muito pouco dá para ver da escola, pois está totalmente cercada por muros.
Entendo perfeitamente as rações que têm levado os diretores das escolas a cercá-las com muros cada vez mais altos. Como a cidade tem com o tempo ficado cada vez menos segura (quando deveria ser o contrário), eles fazem o que podem para proteger os seus alunos. Apesar de lamentar a situação, estou com eles.

O Colégio Estadual Tiradentes é uma escola tradicional da cidade, fundada em maio de 1892, quando o Congresso Legislativo do Paraná autorizou a contratação da obra da sua primeira sede, localizada na então Rua do Serrito (atual Presidente Carlos Cavalcanti).
A escola foi oficialmente declarada aberta em fevereiro de 1895, em uma ata assinada por Júlia Augusta Wanderley. Júlia Wanderley, uma espécie de heroína da educação no Paraná, foi uma das três primeiras mulheres formadas professora pela Escola Normal de Curitiba e teve grande parte de sua carreira ligada ao Colégio Tiradentes. Tudo indica que a admissão de mulheres na Escola Normal de Curitiba tenha sido resultado da insistência de Julia Wanderley.
Em 1934 o prédio foi demolido e a escola passou por alguns anos a funcionar em diversas instalações provisórias.

Por ocasião das comemorações do centenário da emancipação da província (que incluíram um grande conjunto de obras, entre elas o Centro Cívico) o prédio atual entrou em cena. Parece que o projeto original de Rubens Meister era para um museu (de História Natural) e foi adaptado para ser uma escola. Mas o problema principal não foi o projeto, mas a execução da obra. A construção, iniciada em 1952, foi paralisada em 1954 por problemas estruturais gravíssimos. Assim ficou por muitos anos. Em 1962 o governo estadual resolveu retomar a obra e a inaugurou em outubro do mesmo ano.

O projeto original previa um grande auditório, sobre aquilo que na foto parece ser uma grande sacada com o guarda-corpo pintado de azul. Esse auditório, de certa forma, daria personalidade ao prédio. Mas não foi executado.

Referências:

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Palácio das Araucárias

Palácio das Araucárias

Palácio das Araucárias

Palácio das Araucárias

Palácio das Araucárias

Palácio das Araucárias

O Palácio das Araucárias abriga secretárias e outros órgãos da administração pública do Estado do Paraná. Foi inaugurado em maio de 2007.

O projeto de 1951 para o Centro Cívico previa a instalação no local do Palácio da Justiça. Com a crise financeira do Estado em 1955 as obras foram interrompidas.

Em 1982 a obra desse edifício foi retomada com a elaboração de um projeto de engenharia, diferente do anterior. Em 1985 iniciaram a terraplanagem e em 1986 as escavações e fundações, sendo que a estrutura de concreto armado foi entregue em 1990, quando o Estado deu o recibo. Depois disso, foram descobertos problemas estruturais e de execução e a construção foi paralisada.
Durante muito tempo o esqueleto do prédio ficou abandonado, como pode ser observado em uma das fotos.
Em 2004 as obras foram retomadas, com a remoção dos últimos quatro andares da estrutura já construída. Em maio de 2007 o prédio foi finalmente inaugurado. Não mais para uso do Poder Judiciário, mas para ser ocupada por secretarias do Estado.

Durante a reforma e restauração do Palácio Iguaçu, de 2007 a 2012, o Palácio das Araucárias foi a sede provisória do governo estadual.

Referências:

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Palácio 29 de Março


Palácio 29 de Março

Palácio 29 de Março

Palácio 29 de Março

O Palácio 29 de Março é a sede atual da Prefeitura Municipal de Curitiba. Leva este nome por causa da fundação da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, ocorrida naquela data, no ano de 1693.

Em estilo modernista, o prédio foi projetado por Rubens Meister e inaugurado em 14 de novembro de 1969. Originalmente não tinha aqueles painéis de azulejos na fachada.

Rubens Meister foi um dos expoentes da arquitetura modernista no Brasil, e responsável por obras públicas importantes na cidade, como a sede da FIEP, edifício Barão do Rio Branco, prédio da Caixa Econômica Federal na Praça Carlos Gomes, Auditório da Reitoria, Centro Politécnico da UFPR, Teatro Guaíra, Celepar e Rodoferroviária, entre outros.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Casa José Barbosa

Casa José Barbosa

Casa José Barbosa

Esta casa em estilo modernista esta situada na Av. João Gualberto, esquina com a Rua Padre Antônio. Foi projetada em 1955 pelo arquiteto carioca Ernani Mendes de Vasconcelos (1912-1988) para o senhor José Barbosa, que era madeireiro.

Com pilotis, lâmina de janelas, ausência de decorações, enfim, tudo conforme os manuais do modernismo. A casa é bonita e muito representativa do estilo. É também uma Unidade de Interesse de Preservação.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Villa Maria

Villa Maria

Villa Maria

Villa Maria

Villa Maria


A “Villa Maria” está localizada na Av. República Argentina, no Novo Mundo.
A casa foi construída em 1926 e é uma Unidade de Interesse de Preservação.
Repare nos detalhes decorativos, como as falsas colunas na fachada, com capitéis bem elaborados, os detalhes em torno das janelas e a barra decorada na varanda (seria aquilo classificado como lambrequim? Acho que sim.). Muito bonita mesmo. Atualmente é ocupada por um restaurante.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Uma casa de 1932 na João Gualberto






Essa casa localizada na Av. João Gualberto, esquina com a Rua Manoel Eufrásio, como indicado na fachada, é de 1932.
Ela é uma Unidade de Interesse de Preservação e até recentemente estava ocupada por uma funerária.

Repare nos diversos detalhes construtivos, bem típicos dos códigos de construção da época, conforme escrevi em uma postagem anterior. Sem canto vivo na esquina e pé direito alto, entre outros.

Infelizmente, como ocorre com tantas outras UIP, não tenho maiores detalhes.
Caso você tenha alguma informação (de quem era, quem foi o construtor, quem morou nela ou outra qualquer) deixe um comentário aí no final da postagem. Assim, poderemos ir enriquecendo as informações sobre as Unidades de Interesse de Preservação da cidade.

sábado, 17 de outubro de 2015

Tribunal de Contas do Paraná

Tribunal de Contas do Paraná

Tribunal de Contas do Paraná

Tribunal de Contas do Paraná

Tribunal de Contas do Paraná

Tribunal de Contas do Paraná

Localizado no Centro Cívico, o prédio do Tribunal de Contas do Paraná não estava previsto no plano de 1951 para ser instalado nesse local.
É de 1967, com projeto de Roberto Gandolfi e José Sanchotene.
O prédio, é muito bonito. Basicamente um grande cubo de vidro de dois andares, cercado de grande brises de concreto, arranjados em ângulos diversos. É cercado por uma lâmina d’água, dando a sensação de flutuar sobre um lago. Uma visão realmente palaciana, muito imponente.
Para observá-lo é melhor deixar o carro de lado. As ruas em volta estão em um plano mais baixo e não permitem uma boa vista.
Para abrigar o número crescente de funcionários, em 1983 foi construído um edifício anexo, localizado nos fundos e voltado para a Rua Deputado Mário de Barros.

Referência:

Sobrado na Rua Riachuelo, 407

Sobrado na Rua Riachuelo

Não se sabe quando o sobrado localizado na Rua Riachuelo, 407 foi construído. De acordo com Marcelo Sutil, citado pela “Gazeta do Povo”, “é provável que a moradia seja anterior a 1920, uma vez que segue à risca os modismos da Belle Époque”.
A casa ainda demonstra muito da sua beleza e quando for restaurada deverá ser um dos destaques da rua. O sobrado é uma Unidade de Interesse de Preservação.

No final dos anos 1930 a casa foi comprada por Israel Chaim Lerner (conhecido como Jaime e sem qualquer relação com o urbanista e prefeito da cidade) e sua esposa Dora, que já eram então proprietários da Casa Paris, na Praça Tiradentes.
O casal Lerner chegou em Curitiba no início dos anos 1930, fugindo do antissemitismo que progredia na Europa naquela época. Eles chegaram no Brasil auxiliados pelo industrial Salomão Guelmann (Móveis Guelmann).

O Sr. Salomão foi responsável pelo resgate de muitos judeus perseguidos na Europa. Um abrigo que ele tinha na Rua 24 de Maio, esquina com a Rua Doutor Pedrosa, chegava a hospedar mais de vinte famílias simultaneamente. Depois da guerra, quando a perseguição terminou, ele passou a percorrer o país defendendo a criação de Israel.

Referência:

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Varredores de rua

Varredores de rua

Varredor de rua

Varredores de rua

A cidade está limpa? Isso por que eu e você não jogamos lixo na rua e também como resultado do trabalho desses trabalhadores.