segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Barão do Serro Azul 525


Esta casa na esquina da Rua Barão do Serro Azul com a Rua Inácio Lustosa é uma Unidade de Interesse de Preservação. Mais uma na minha crescente coleção de UIP sobre as quais não consigo encontrar informações.

Chama atenção o porão bem alto (será que tinha aquelas portas originalmente?) e mais ainda, o canto na esquina, com uma espécie de chanfro, onde está a escada de acesso, que leva a uma pequena varanda. A face chanfrada e encimada por um frontão triangular decorado com motivos florais. Diferente e interessante.

domingo, 29 de novembro de 2015

Riachuelo 348

Casa na Rua Riachuelo 348

Mais uma casa interessante, das várias existentes na Rua Riachuelo. Pena aquela porta de correr, totalmente em desacordo com o restante da casa.
Essa casa abriga um comércio de móveis usados, um dos muitos desse tipo que existem na rua. Nessas lojas você encontra móveis simples, mas também tem muita coisa boa.

sábado, 28 de novembro de 2015

Praça Santos Andrade

Praça Santos Andrade em Curitiba
Praça Santos Andrade em Curitiba
Praça Santos Andrade em Curitiba
Praça Santos Andrade em Curitiba

A Praça Santos Andrade é uma das praças antigas da cidade. Já foi chamada de Largo Lobo de Moura, Largo Duque de Caxias e Praça Imperatriz Thereza Cristina.

Com 12.700 m² tem várias árvores (oliveiras, guapuruvus e pinheiros, um deles plantado pelo presidente do estado, Caetano Munhoz da Rocha, em 7 de setembro de 1922 para comemorar o centenário da independência do Brasil), chafariz, bancos de madeira e várias estátuas e bustos.
Na praça ficam dois prédios icônicos da cidade: da Universidade Federal do Paraná e o Teatro Guaíra.
A praça abriga também todos os anos feiras de Páscoa, Inverno, Primavera e Natal. Essas feiras vendem comidas típicas de várias etnias e artesanato.

Santos Andrade


Em uma breve biografia disponível no site do IPPUC, está escrito o seguinte:

“Doutor José Pereira dos Santos Andrade nasceu em 9 de abril de 1842 em Paranaguá. Era filho do Comendador Antonio Ricardo dos Santos.
Em 1866, embarcou para o Recife, onde estudou Direito e se formou. De regresso ao Paraná  foi nomeado Promotor Público de Antonina.
Foi deputado provincial em diversas legislaturas, senador federal e um dos Paranaenses que assinou a Constituição de 1891.
Em 1896 foi eleito presidente da Província do Paraná. Grande coração muito labutou em prol do engrandecimento do seu Estado natal.
Faleceu em 15 de junho de 1906, em Curitiba.”

Publicações relacionadas:

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Comendador Araújo

Rua Comendador Araújo em Curitiba
Rua Comendador Araújo em Curitiba

A Rua Comendador Araújo é uma das ruas antigas da cidade e já foi chamada de Estrada do Mato Grosso e Rua do Mato Grosso.

Em abril de 1888 a rua passou a chamar-se Comendador Araújo, em homenagem a um de seus moradores, que possuía um sobrado (já demolido) bem no seu início, na esquina com a Praça Osório.

Já mostrei aqui alguns outros prédios localizados na rua, como a Sociedade Thalia, a Igreja Presbiteriana de Curitiba, a Casa Manuel Miró, a Casa Glaser e o edifício mais alto de Curitiba.

Antônio Alves de Araújo


Antônio Alvez de Araújo, Comendador da Ordem da Rosa, título concedido pelo império, nasceu em Morretes em 6 de novembro de 1803 e faleceu em Palmeiras em 22 de abril de 1887.
Era irmão de Manoel Alves de Araújo, que tinha sido vice-presidente da Província e ocupado a presidência entre junho de 1865 e agosto do mesmo ano.
Como o seu irmão, ele também foi vice-presidente da Província e assumiu interinamente a presidência por duas vezes (de 26 de maio a 3 de setembro de 1883 e de 24 de agosto a 18 de setembro de 1885). Antes já havia exercido diversos mandatos de deputado.
De família ligada a erva-mate, herdou e foi proprietário de engenhos.
Durante o Império a família Araújo foi uma das mais poderosas do Paraná, mas entrou em decadência gradativa com a proclamação da república, tanto econômica como politicamente.

Referências:

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

O Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey localizado na Av. São José, no bairro do Cristo Rei, é uma construção eclética, i. é, mistura diversos estilos. No caso, o ecletismo é bem nítido, uma vez que apresenta blocos diferentes, possivelmente como resultado da construção em épocas diversas.
Gosto muito do conjunto todo, mas de forma muito especial a parte que apresenta características bem claras do neogótico, com janelas e portas ogivais e decoradas com rendilhados. O prédio tem uma das portas encimada por uma rosácea e tem também um torreão.
É um prédio que está na minha lista de preferidos da cidade.

O prédio já abrigou o tradicional e conceituado Colégio Nossa Senhora de Lourdes (também conhecido como Colégio Cajuru) dedicado a educação de meninas. Hoje os padres franciscanos, responsáveis pelo Colégio Bom Jesus, assumiram a administração da instituição de ensino.
O prédio é uma Unidade de Interesse de Preservação.

As irmãs já foram conhecidas também como Irmãs de São José de Moutiers.

O trabalho das Irmãs de São José de Chambérey


Já escrevi alguma coisa sobre o trabalho das Irmãs de São José de Chambérey quando falei da Santa Casa. Elas foram convidadas a assumirem em 1896 os trabalhos de enfermagem do hospital, que estava com um atendimento considerado muito ruim e com falta de pessoal capacitado para atender os doentes. Elas implantaram a enfermagem moderna na cidade, conforme preconizava Florence Nightingale.

A contribuição dessas irmãs nas áreas de saúde, educação e assistência social foi relevante para ao desenvolvimento da cidade de Curitiba.
Sem desmerecer, de forma alguma, os profissionais da área, eu diria que o trabalho e dedicação dessas irmãs, em uma época que havia falta de mão de obra capacitada, não tratava apenas do ganhar o pão, mas ia além. Dizia respeito também a ganhar o céu. Aliás, elas contribuíram para a formação de muitos profissionais na área de enfermagem, quando organizaram em 1953, a pedido do bispo Dom Manoel da Silveira d’Elboux, a Escola Madre Léone (nome da primeira superiora provincial da congregação no Paraná). A escola já foi organizada tendo em mente a incorporação em uma futura universidade católica na cidade. O que acabou ocorrendo em 1960, quando a escola foi incorporada na Pontifícia Universidade Católica.

Maria Angelica Pinto Nunes Pizani, em sua tese de Doutorado em História, relaciona obras nas quais as Irmãs de São Jose estiveram envolvidas entre 1896 e 1937.

  • Santa Casa de Curitiba
  • Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá
  • Hospital da Estrada de Ferro, em Curitiba
  • Asilo dos Alienados (hoje Hosp. Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz), em Curitiba
  • Hospital da Estrada de Ferro (Hospital 26 de Outubro), em Ponta Grossa
  • Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa
  • Hospital Militar, em Curitiba
  • Casa de Saúde São Sebastião, no Rio de Janeiro
  • Colégio São José, em Curitiba
  • Colégio São José, em Paranaguá
  • Colégio São José, em Morretes
  • Colégio São José, em Castro
  • Colégio São José, na Lapa
  • Pensionato de Nossa Senhora de Lourdes, internato em Curitiba
  • Colégio São Francisco, em Curitiba
  • Juvenato São José, Curitiba
  • Colégio Santo Antonio, em Colombo
  • Asilo São Vicente, na Lapa
  • Asilo Sant’Ana, em Petrópolis
  • Asilo São Luiz, em Curitiba
  • Fundação Hipólito Araújo, na Lapa
  • Casa da Criança, no Rio de Janeiro
  • Sodalício São Jose (Pequeno Lar São José), no Rio de Janeiro.


Em algumas dessas obras as irmãs acabaram retirando-se (falta de gente?), mas continuam atuando também em muitas outras não relacionadas aqui, inclusive no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Paraná.

Referências:

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O maior estacionamento privativo da cidade?



A Praça Nossa Senhora de Salette deveria ser um grande espaço público, mas está gradativamente tornando-se no que deve ser o maior estacionamento privativo da cidade.
Aliás, se você tentar ir no Museu Oscar Niemeyer (MON) em um dia de semana, a possibilidade de não encontrar vaga no estacionamento é grande. E o estacionamento não estará ocupado por visitantes.

O projeto de 1951 do Centro Cívico previa para a praça um grande espaço meio vazio, diria que quase desértico. Bem típico da arquitetura modernista, que criava esses espaços basicamente como forma de destacar os edifícios (vide, Esplanada dos Ministérios em Brasília).

Em 1977 Burle Marx elaborou um projeto de paisagismo para a praça. Imagino que por encomenda da prefeitura, pois há indicações de que o projeto encontra-se no IPPUC.
Ao contrário do anterior, Burle Marx elaborou um projeto incentivando o uso público (vide Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro, com paisagismo do próprio Burle Marx).

O projeto de Burle Marx não foi só para a praça. Com a criação de uma passarela sobre a Rua Deputado Mário de Barros ele continuou, criando um grande espaço integrando a praça com a região no entorno dos prédios para as secretarias, com o hoje Museu Oscar Niemeyer e o Parque Estadual João Paulo II. Seria tudo um grande espaço público integrado.

Veja abaixo uma imagem do projeto. Para facilitar a leitura, destaquei alguns prédios que existem na atualidade.

Está na hora da prefeitura tirar dos arquivos o projeto de Burle Marx e devolver a praça para a população.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

“Evolução das Artes Cênicas” - mais um mural de Poty Lazzarotto

“Evolução das Artes Cênicas” - um mural de Poty Lazzarotto

“Evolução das Artes Cênicas” - um mural de Poty Lazzarotto

Este é mais um dos diversos murais de Poty Lazzarotto (1924-1998) espalhados pela cidade.
Localizado na fachada do Teatro Guaíra, foi elaborado em 1969, mas já havia sido encomendado por Bento Munhoz da Rocha Netto.

O painel é um alto relevo em cimento representando as artes cênicas, desde tragédia grega até o teatro contemporâneo. Para “ler” a obra devemos seguir de cima para baixo, da esquerda para a direita.

A obra faz parte do Centro Cultural Teatro Guaíra, bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e Unidade de Interesse de Preservação.

domingo, 22 de novembro de 2015

Emiliano Perneta 524



Esta casa na Rua Emiliano Perneta, esquina com a Rua Visconde do Rio branco, deve ter sido uma casa comercial desde o início, a julgar pelo número de portas. Aliás, as portas e janelas chamam a atenção pelo formato, em forma de ogiva.

Está muito bem conservada e deve ter sido restaurada recentemente.

É uma Unidade de Interesse de Preservação. Infelizmente, mais uma daquelas sobre a quais não consigo encontrar maiores informações.

sábado, 21 de novembro de 2015

Casa Schier


Esta casa na Av. República Argentina é uma Unidade de Interesse de Preservação. Não sei quando ela foi construída, se em 1930 quando a empresa foi fundada ou se é de antes.

Gustavo Schier, um austríaco do Tirol, chegou junto com seus pais em São Francisco do Sul no ano de 1875 quando tinha 2 anos de idade. Aos 10 anos mudou-se para Curitiba.
Com o tempo tornou-se seleiro e depois de algum tempo mudou-se para o bairro do Portão (Novo Mundo), na época um ponto de passagem dos tropeiros que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo.
Gustavo teve vários filhos, sendo um deles Feliciano Schier, conhecido como Tito e que seguiu a profissão do pai e fundou a Selaria, Sapataria e Tamancaria Schier.
Com o seu falecimento seus filhos seguiram rumos diferentes, indo um para o comércio de calçados e outros continuando a selaria.

Referência:

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Riachuelo 487

Casa na Rua Riachuelo 487

Acho bem bonita esta casa em estilo eclético localizada no número 487 da Rua Riachuelo, bem próxima da Praça 19 de Dezembro e do restaurante Ile de France.

A casa é de 1906 e não consegui descobrir quem foi o seu primeiro proprietário, mas pelo tamanho da casa dá de imaginar que era uma pessoa da classe média da época.

Construída junto à rua, tem no entanto uma passagem na lateral, que serve de entrada e tem espaço para um pequeno jardim. O portão e a grade são muito bonitos também.

Deixando de lado as desprezíveis pichações, a casa está muito bem conservada. O proprietário atual é o Sr. Eládio Prado Júnior, advogado, que tem ali o seu escritório.

Referência:

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Prédios das Secretarias de Estado

Prédios para Secretarias do Estado do Paraná

Prédios para Secretarias do Estado do Paraná

Prédios para Secretarias do Estado do Paraná

Prédios para Secretarias do Estado do Paraná

Estes prédios na Rua Deputado Mário de Barros, nos fundos do Palácio Iguaçu, foram construídos em 1977 para abrigar a crescente burocracia do Estado.
Atualmente, conforme indicações no local, um deles é ocupado pela Secretaria de Estado da Administração e o outro pelo Ministério Público do Estado do Paraná.

Projetados por Luiz Forte Netto, Orlando Busarello e Dilva Slomp Busarello, previa a construção de cinco blocos idênticos, dos quais apenas dois foram construídos.

Oscar Mueller em sua dissertação de mestrado os descreve assim: “O projeto trabalha as edificações prismáticas e dissolve o impacto das massas com pontos de apoio que se mimetizam com as superfícies gramadas que acompanham os relevos ondulados do entorno”

Referência:

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Governo do Estado quer vender Unidade de Interesse de Preservação

Unidade de Interesse de Preservação que o governo do Estado do Paraná pretende vender

Este sobrado na Rua Barão do Rio Branco é de propriedade do Estado do Paraná.
É uma Unidade de Interesse de Preservação e encontra-se em péssima conservação, restando praticamente a fachada.
Segundo a “Gazeta do Povo” o imóvel encontra-se na lista de 61 imóveis que o Estado pretende vender.

Mais estranho ainda é que o imóvel encontra-se relacionado como terreno. Eles pretendem derrubar o que restou antes de entregar para os compradores?

Referência:

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Casa da Família Lustosa

Casa da Família Lustosa

Casa da Família Lustosa

Na esquina da Rua Barão do Rio Branco (antiga Rua da Liberdade) com a Rua Marechal Deodoro (antes Rua Nova da Carioca e mais tarde Rua do Comércio) está situado este belo casarão de 1881, que já foi residência da família Lustosa.

Conforme um anúncio no “Almanach do Paraná” para 1901 abrigou o “Atelier Photographico” de Octavio Lustoza.

Originalmente ele não tinha o sótão com mansardas. O telhado deve ter sido modificado entre os anos de 1912 e 1930.

“Em 1921 Leo Kessler adquiriu o pavimento superior, onde instalou o Conservatório de Música de Curitiba e o sótão, onde residia. Eles os vendeu em 1931”

“Na Rua Barão do Rio Branco, até 1931, no lado direito do pavimento térreo residia o alfaiate Domingos Alves Brito e, no lado esquerdo, na esquina, existia uma padaria”

As portas largas (antes eram estreitas e em arcos) e a marquise na fachada da Rua Barão do Rio Branco provavelmente foram feitos entre 1931 e 1935.

“Em 1972, os janelões para a Av. Mal. Deodoro foram transformados em portas e vitrines. Ainda restou uma janela do térreo no tamanho original da construção, posteriormente foi transformada numa porta”

Publicação relacionada:
Casa da Família Lustosa restaurada

Referência:

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

“Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

  “Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

“Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

“Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

“Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

“Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

“Rio Iguaçu” - um mural de Rogério Dias

Esse belíssimo painel em azulejos com 50 metros de comprimento é uma criação de Rogério Dias, com execução de Lycio Esmanhoto. Está localizado na Praça Rio Iguaçu, ao lado da sede do governo estadual.
O painel é uma representação do Rio Iguaçu desde a sua nascente até o ponto em que desemboca no Rio Paraná, logo depois das Cataratas do Iguaçu.

O painel é muito bonito e é uma explosão de cores, o que o diferencia em relação aos de Poty, que tem muitos painéis pela cidade e que sempre foi muito econômico no uso da cor.
Essa é mais uma daquelas obras que você tem que parar o carro, descer e ir lá ver. Só assim você consegue admirar todos os detalhes do desenho.

A Enciclopédia Itaú Cultural tem o seguinte no verbete referente ao autor:
“Rogério José de Moura e Dias (Jacarezinho PR 1945). Pintor, desenhista, gravador, escultor, designer gráfico, cartunista, ator, decorador, ilustrador, cenógrafo, publicitário. Autodidata, quando criança, convive com Sigaud (1899 - 1979), por ocasião da pintura dos painéis da catedral de Jacarezinho. Em 1965 participa de oficina de gravura orientada por Calderari (1939), e tem uma de suas primeiras gravuras selecionadas para o Salão de Arte Cidade de Curitiba. No ano seguinte, trabalha com design gráfico, fotografia e stands. Em 1970, incursiona pelas artes cênicas, como ator, cenógrafo e design gráfico, participa do grupo teatral XPTO, de peças dirigidas por Manoel Carlos Karan, e como ator no filme O Diabo tem Mil Chifres, de Penna Filho. Em 1977 faz sua primeira individual na galeria do Centro Cultural Brasil Estados Unidos - CCBEU em Curitiba. De 1975 a 1979 trabalha como diretor de arte da revista Passarola, da Varig. Nos anos 1980, trabalha como ilustrador do Correio Brasiliense (1983) e do Correio de Notícias (1984 e 1985). Em 1996 executa para a prefeitura de Curitiba um painel de azulejos de 50 metros, em homenagem ao Rio Iguaçu, instalado na praça ao lado do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.”

Referência:

domingo, 15 de novembro de 2015

Predinho na Riachuelo 427


Esse predinho em estilo francês na Rua Riachuelo foi construído em 1952 para residência do ex-deputado federal João Theófilo Gomy Jr. e sua esposa Anita. Com a morte deles o prédio entrou em decadência.
Em 2007 um dos herdeiros, Ernani Bengui Neto, comprou o palacete e fez uma trabalho de reforma e restauro. O trabalho foi supervisionado por Tito Calderari e Carolina Rousseau.
O que realmente chamou a minha atenção foram três esculturas na parte superior, no que parece ser um terraço. As esculturas estão um pouco recuadas e pareceu serem leões alados, como aquele que é símbolo da Cidade de Veneza.
Chama atenção também o trabalho de serralheria, tanto nos quarda-corpos nas sacadas, como nas grades nas janelas no andar térreo.
Repare também naquele adorno de ferro na parte superior. Estes adornos de ferro, apenas com função decorativa, foram bem comuns nos anos 1930, 40 e 50. Depois foram saindo de moda e raramente são encontrados em construções recentes.
Na janela do último andar estava desenhado uma espécie de mandala e escrito alguma coisa. Seria uma poesia?

Referência:

sábado, 14 de novembro de 2015

Centro Comercial Rui Barbosa

Centro Comercial Rui Barbosa

O Centro Comercial Rui Barbosa está localizado junto a praça com o mesmo nome, no centro da cidade.
Tem o chamado “Mercado Central” e diversas lojas de artigos populares e artesanato. Uma “Rua da Cidadania”, com os vários serviços que este tipo de estrutura costuma oferecer à população. Tem também um restaurante popular e um “Armazém da Família” (ambos com preços subsidiados pela Prefeitura) e estacionamento. A  Administração Regional da Matriz também está instalada no local.

A Praça Rui Barbosa abriga um importante terminal de ônibus e deve ser um dos locais mais movimentados da cidade, o que reflete no movimento do local.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Linha Turismo

LInha Turismo de ônibus

A Linha Turismo é uma linha especial de ônibus, com veículos diferenciados, e que circula pelos principais pontos turísticos de Curitiba.

O ponto inicial é na Praça Tiradentes e circula pela Rua das Flores, Rua 24 Horas, Museu Ferroviário, Jardim Botânico, Estação RodoFerroviária/Mercado Municipal, Teatro Guaíra/Universidade Federal do Paraná, Paço da Liberdade, Memorial Árabe/Passei Público, Centro Cívico, Museu Oscar Niemeyer, Bosque do Papa/Memorial Polonês, Bosque Alemão, Universidade Livre do Meio Ambiente, Parque São Lourenço, Ópera de Arame/Pedreira Paulo Leminski, Parque Tanguá, Parque Tingui, Memorial Ucraniano, Portal Italiano, Santa Felicidade, Parque Barigui, Torre Panorâmica e Setor Histórico.

Se você está visitando Curitiba é uma opção para ter uma boa ideia do lado bonito da cidade.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

CELIN

Sede do CELIN

Uma das sedes do CELIN - Centro de Línguas e Interculturalidade está localizada nesta bonita casa na Rua XV de Novembro, bem próximo da Reitoria da UFPR.

Segundo site deles “o CELIN – Centro de Línguas e Interculturalidade foi criado em 1995 e é um espaço destinado à formação profissional e continuada para os alunos da graduação do Curso de Letras da Universidade Federal do Paraná - UFPR.
No início de sua história, o Celin buscou unificar e institucionalizar as ações do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas através do ensino de alemão, espanhol, francês, inglês e italiano e do Departamento de Linguística, Letras Clássicas e Vernáculas com o ensino de latim e grego antigo. Na sequência, passa também a orientar os seus esforços para atender as necessidades da comunidade externa à UFPR, promovendo cursos de idiomas representativos das etnias formadoras da comunidade paranaense (ensino de polonês, ucraniano, hebraico, japonês, russo, chinês, guarani, árabe, dentre outras) e de línguas que se impõem em razão da conjuntura social, econômica e cultural.”

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

A imigração polonesa foi numerosa e importante em Curitiba e em diversas outras regiões do Paraná. Começaram a vir para o Brasil em 1870, uma época em que a Polônia tinha deixado de existir como nação livre e independente.
As primeiras 32 famílias que chegaram no Brasil foram para a atual cidade de Brusque, em Santa Catarina, então uma colônia de alemães. Lá, além de não se adaptarem ao ambiente, viviam em constantes atritos com os alemães. Acabaram então deslocando-se para Curitiba.
Mais tarde, com a política do Segundo Império de colonização do sul e de substituição da mão de obra escrava, muitos outros vieram. Mas foi no início da República que o fluxo de imigrantes atingiu o seu auge, quando a situação social na Polônia - que estava com o seu território dividido entre o Império Austro-Húngaro, Prússia e Rússia - piorou. Entre 1890 e 1914 quase 100.000 poloneses vieram para o Brasil, principalmente para o Paraná (36.116 pessoas) e Rio Grande do Sul (32.000).

Durante o Estado Novo (1937-1945), com a implantação de uma campanha nacionalista pelo ditador Getúlio Vargas, a comunidade polonesa, como outras de imigrantes, foi perseguida com medidas como a proibição do uso da língua e do exercício de qualquer atividade política. Foram proibidos também jornais, revistas e livros em língua que não fosse a oficial, Muitas escolas, associações e sociedades polonesas foram fechadas e outras trocaram de nome e passaram a ser administradas por nativos. Mesmo durante a II Guerra muitos foram hostilizados, até por serem confundidos com alemães.

A colônia polonesa sempre foi reconhecida como muito trabalhadora, principalmente no setor agrícola. Com o tempo os seus descendentes foram participando das mais diversas áreas da sociedade e muitos deles tornaram-se pessoas de destaque. Mesmo sendo injusto com tantos outros, podemos destacar os nomes de Jaime Lerner e Paulo Leminski, dois dos mais conhecidos.

A Igreja de Santo Estanislau, na Rua Emiliano Perneta (antiga Rua Aquidaban, ou Aquidabã) é uma das várias igrejas da cidade ligada a grande comunidade polonesa.
Não sabemos exatamente quando a igreja começou a ser construída, mas deve ter sido depois de 1875, data da chegada do primeiro padre polonês na cidade.
Em maio de 1909, apesar de não estar ainda totalmente concluída, ela passou a ser usada regularmente. No início fazia parte da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões. Em 1978 Dom Pedro Fedalto a erigiu como Paróquia Pessoal dos Poloneses, mas foi só em agosto de 1993 que o mesmo Dom Fedalto a tornou Paróquia Territorial de Santo Estanislau.
A paróquia está aos cuidados da Congregação do Verbo Divino.

A igreja é muito bonita e gosto principalmente do interior, com belas pinturas, vitrais coloridos, imagens, altar esculpido em madeira e com um belo púlpito, que alguém teve a feliz idéia de não remover (coisa que aconteceu em muitas igrejas, depois do Concílio Vaticano II). É uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referências: