quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Sobrado na Barão do Rio Branco 245

Sobrado na Barão do Rio Branco, 245 em Curitiba

Mais um dos antigos sobrados da Rua Barão do Rio Branco e que são Unidades de Interesse de Preservação.

Esse destaca-se pela beleza dos seus adornos, muito elaborados. Repare os detalhes na sacada com duas colunas centrais, nas molduras das portas do segundo andar e na platibanda vazada, encimada por urnas.

Pena que alguém tenha tido a infeliz ideia de pintar o andar térreo com uma cor diferente.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Este prédio de estilo eclético, localizado na Rua Barão do Rio Branco, é um excelente exemplo de bons cuidados com o patrimônio histórico e cultural da cidade.

Lá pelo ano 1900 um senhor chamado João Leandro instalou no local um hotel, que chamou de Hotel Paris. A então Rua da Liberdade, desde a inauguração da estrada de ferro, era a porta de entrada da cidade, ligando a estação ao centro e no caminho passando pelos principais prédios públicos da administração da cidade e do estado. A rua, pela localização estratégica, já contava com outros hotéis.
O problema do Hotel Paris é que ele não era, como podemos dizer, um hotel familiar. Com o tempo adquiriu uma péssima reputação e os viajantes deixaram de frequentar o local, apesar de sua excelente localização.
Mais tarde mudou de nome, passando a ser o Hotel Stumbo. Mas a questão não foi resolvida. Parece que o problema não era com o nome do hotel, mas com a freguesia.

A família Johnscher assume o hotel


A viúva Vitória Johnscher, que com o seu falecido marido Francisco havia sido proprietária de uma hospedaria em Paranaguá, decidiu mudar-se para Curitiba e alugar o prédio da família Parolin, proprietária do imóvel, e em 1917 o Hotel Johnscher foi inaugurado.
Rapidamente, bem administrado, o hotel mudou completamente. Virou um ponto elegante, chique e famoso da cidade.
O hotel era muito moderno, com água encanada, fria e quente. Tinha também lavanderia própria a vapor, câmara frigorífica e foi um dos primeiros hotéis do sul a ter uma rede interna de telefones. Foi também um dos primeiros estabelecimentos de Curitiba com um elevador. Muitos iam lá só para conhecer o tal elevador.
O restaurante era muito bom e tornou-se um dos pontos chiques da cidade, onde as famílias iam para jantar ao som de uma pequena orquestra ao vivo. Virou especialmente famoso os jantares de Natal. Nessa época do ano havia também uma atração extra, uma árvore de natal bem grande montada em frente do hotel.
Gradativamente, Francisco Lourenço Johnscher, o filho mais velho da Dona Vitória, foi assumindo a administração do negócio. Em 1923 a família adquiriu um outro hotel, o Grande Hotel Moderno, na Rua XV de Novembro. Francisco passou a cuidar mais do novo hotel e o Johnscher passou a ser administrado pelo seu cunhado, Leopoldo Niemeyer.
O Hotel Johnscher e o Grande Hotel Moderno tornaram-se os dois hotéis mais importantes, chiques e charmosos na primeira metade do século vinte.
Francisco Lourenço Johnscher foi um importante empresário do ramo da hotelaria em Curitiba. Em alguma postagem no futuro falarei mais sobre ele e sobre o Grande Hotel Moderno.

O desgaste com o tempo e o renascimento


Como muitos outros negócios, o hotel com o tempo foi perdendo a sua importância. Foi administrado pela família até 1975, quando fechou as portas.
Em 1995 o imóvel - uma Unidade de Interesse de Preservação - foi transferido para a prefeitura em troca de potencial construtivo.
Em 2002 a prefeitura, através de licitação, concedeu a concessão de uso a rede de hotéis San Juan, com direito a explorar o imóvel por 35 anos.
O hotel foi restaurado pela Planotel Arquitetura e Consultoria Turística e Hoteleira, com projeto do arquiteto Humberto Fogassa.
Bem restaurado, o hotel ficou muito bonito. O cuidado não foi apenas com a arquitetura, mas também com o mobiliário, que é uma reprodução em imbuia de móveis da época, sendo alguns originais.
Além dos hóspedes normais e dos frequentadores do restaurante aberto ao público, atualmente o hotel também é muito procurado por casais em noite de núpcias ou lua de mel, em função do ambiente charmoso e romântico.

Referências:

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Colégio Estadual Júlia Wanderley

Colégio Estadual Júlia Wanderley

Colégio Estadual Júlia Wanderley

No final do século XIX surgiu nos Estados Unidos e na Europa um movimento conhecido como Escola Nova, que pretendia uma educação que integrasse o indivíduo na sociedade e que pregava também o acesso de todos à escola.
Em 1932 os educadores brasileiros escreveram o “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova”. Desse manifesto alguns pontos merecem destaque: “uma escola primária pública universal, leiga, obrigatória e gratuita e estar em harmonia com a realidade brasileira; a escolarização adaptada às características de cada região e a formação em grau superior de todos os professores”.

No Paraná, Manoel Ribas, o interventor nomeado pelo ditador Getúlio Vargas, em seus mais de 13 anos de governo, tinha como prioridade a educação e a construção de escola. Foi um grande construtor de escolas no estado todo.
Uma de suas últimas realizações nessa área foi o Grupo Escolar do Bigorrilho, que em 29 de janeiro de 1946, quase três meses após Manoel Ribas ter deixado o governo, passou a ter a denominação de “Júlia Wanderley”, em homenagem a educadora paranaense.

O prédio apresenta uma solução arquitetônica diferente da maioria das construções escolares feitas no período do governo de Manoel Ribas, que foram em sua maioria no estilo neocolonial, em formato de “U”, seguindo plantas padrões.
O Júlia Wanderley, quando visto de cima (e não considerando as diversas ampliações) apresenta um formato de “T” e linhas austeras e retas, sem enfeites e com linhas predominantemente horizontais. A entrada da escola é ligeiramente avançada, com a presença de uma sacada.

O Colégio Estadual Júlia Wanderley está localizado na Avenida Vicente Machado.

Publicação relacionada:

Referências:

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O interior do Mercado Municipal de Curitiba

O interior do Mercado Municipal de Curitiba

O interior do Mercado Municipal de Curitiba

O interior do Mercado Municipal de Curitiba

O interior do Mercado Municipal de Curitiba

O interior do Mercado Municipal de Curitiba

Este é o lado que mais gosto do Mercado Municipal de Curitiba. O lado de dentro.

Visitar o Mercado Municipal é sempre uma experiência única para todos os sentidos.

Vale até como passeio, que é bem mais divertido que circular pelos centros comerciais. Mas para quem não resiste a tentação de fazer uma comprinha, dizem que são mais de 72 mil itens em oferta. Desde um simples xuxu até as especiarias mais exóticas, passando por “produtos orgânicos” (seja lá o que isso quer dizer) até uma praça de alimentação e bons restaurantes.

O Mercado também tem espaços para eventos, aulas de educação alimentar e cozinha gourmet além de auditório e sala para realização de cursos de capacitação e treinamento de produtores, comerciantes e funcionários.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Mercado Municipal de Curitiba

Mercado Municipal de Curitiba

Mercado Municipal de Curitiba

Mercado Municipal de Curitiba

O atual Mercado Municipal de Curitiba foi inaugurado em 02 de agosto de 1958 e é um local tradicional de compras. No entorno dele também existem diversas lojas de produtos semelhantes ou que, de certa forma, complementam o mercado.

O primeiro mercado público de Curitiba foi estabelecido em 1864 no Largo da Ponte (atual Praça Zacarias). Estava em um imóvel de propriedade da província e era conhecido como Mercado dos Quartinhos.
Em 19 de dezembro de 1873 foi lançada a pedra fundamental de um novo mercado, localizado no Largo da Cadeia, atual Praça Generoso Marques. Lá na Generoso Marques, mais ou menos onde hoje tem um mercado de flores e fazendo frente para a Praça Tiradentes, ficava o prédio da cadeia. Nos fundos, onde hoje é o Paço da Liberdade, era onde ficava este mercado, que foi inaugurado no dia 11 de outubro de 1874.
Quando D. Pedro II visitou a cidade ficou hospedado alguns passos dali, na casa do cidadão português Antônio Martins Franco, já demolida (onde hoje tem uma Casas Pernambucanas, na esquina da Rua Monsenhor Celso com a Praça Tiradentes). No dia 23 de maio de 1880 escreveu em seu diário, depois de visitar a cadeia: “Mercado pequeno e pouca gente”.
Em 1912 o Mercado Municipal foi fechado e demolido, para dar lugar ao Paço Municipal. Provisoriamente foi instalado um novo mercado na atual Praça 19 de Dezembro.
Em 1915 foi transferido novamente para um chalet onde atualmente é a Praça Theodoro Bayma, no Batel. Permaneceu no local até 1937.
Curitiba ficou então sem um mercado municipal fixo para a compra de gêneros alimentícios, permanecendo apenas com as feiras livres, que, como hoje, eram realizadas em um local diferente a cada dia da semana.
O Plano Agache havia proposto a construção de um mercado municipal. Em 1954, o prefeito Ney Braga aprovou uma lei que determinava a construção do atual Mercado Municipal de Curitiba. O projeto era do engenheiro Saul Raiz (mais tarde, prefeito ele também) e a construção foi iniciada em maio de 1956. Em 2 de agosto de 1958 o mercado foi inaugurado. Depois disso passou por reformas e ampliação, sendo uma grande em 2010.

Referências:

sábado, 26 de dezembro de 2015

Outro casarão na Barão do Rio Branco

Casarão na Rua Barão do Rio Branco em Curitiba

Casarão na Rua Barão do Rio Branco em Curitiba

Mais um dos antigos casarões que restam na Rua Barão do Rio Branco.
É uma Unidade de Interesse de Preservação e atualmente encontra-se ocupado por um departamento da Secretaria de Segurança.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal!

Presépio com figuras em palha, montado em casca de pinhão

Presépio com figuras em palha, montado em uma meia casca de pinhão.

Feliz Natal a todos.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

“Quitandeiro” - painel de Poty Lazzarotto

“Quitandeiro” - painel de Poty Lazzarotto

Este painel com desenhos de 1997, intitulado “Quitandeiro”, é mais uma obra de Poty Lazzarotto (1924-1998).
Executado em azulejos está localizado no Mercado Municipal de Curitiba, junto à praça de alimentação, no segundo andar.
Foi doado pelo irmão de Poty - Sr. João Lazzarotto - e inaugurado em 29 de março de 2003, data do aniversário da cidade. Poty também nasceu em um 29 de março.
O Mercado Municipal era um dos locais preferidos do artista, que ia lá quase todas as manhãs para um passeio.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Hotel O’Hara

Hotel O’Hara, em Curitiba

Hotel O’Hara, em Curitiba

Localizado na Rua XV de Novembro, 770, em frente a Praça Santos Andrade, a fachada desta antiga casa faz parte atualmente do Hotel O’Hara e é uma Unidade de Interesse de Preservação.
Não sei nada sobre a história da casa, quem projetou, quem foi o dono, quando foi construída. Isso ocorre com muitas UIP, cujas histórias foram perdidas.

Particularmente prefiro quando as construções antigas são preservadas mantendo o máximo possível de suas características originais.
Curitiba não tem uma lei de tombamento e a legislação das Unidades de Interesse de Preservação permite esse tipo de solução. Uma espécie de compromisso entre preservar parcialmente e demolir.
No caso específico dessa casa o resultado foi muito bom, preservando totalmente a fachada, inclusive o portão, que é muito bonito e parte da lateral.
A construção feita para a instalação do hotel fica bem escondida. Se você passa meio distraído ela fica quase despercebida.

Ao contrário dessa casa, temos espalhado pela cidade algumas situações onde as autorizações concedidas pela Prefeitura Municipal descaracterizaram totalmente os imóveis que deveriam ser preservados. Temos apenas um portão do que antes foi uma grande casa, temos só fachadas antigas “grudadas” em prédios de estilo modernoso e outras que foram muito alteradas.
Um exemplo de uma casa muito alterada é a Casa Manuel Miró, que foi a primeira sede da Universidade do Paraná e hoje faz parte de um centro comercial. Eles poderiam ter adotada uma solução semelhante a que foi adotada nesse hotel. Acho até que chamaria muito mais atenção para o empreendimento.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Nilo Cairo

Busto de Nilo Cairo, na Praça Santos Andrade, em Curitiba

Placa junto ao busto de Nilo Cairo, na Praça Santos Andrade, em Curitiba

Este busto em homenagem a Nilo Cairo encontra-se na Praça Santos Andrade, voltado para o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná.

Nilo Cairo da Silva nasceu em Paranaguá, em 12 de novembro de 1874. Era filho de Simplicio Manoel da Silva e de Alzira de Paula Costa da Silva.
Fez os estudos básicos na cidade natal e depois mudou-se para o Rio de Janeiro onde entrou no exército. Formou-se engenheiro no Estado Maior de Engenharia Também formou-se em Ciências Físicas e Matemáticas. 
Interessado pelas diversas áreas da ciência, em 1903 formou-se também em medicina pela Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro.
Casou no Rio de Janeiro, mas sua esposa faleceu durante o parto. O filho, deficiente, faleceu alguns anos depois. Após a morte da esposa mudou-se para Curitiba onde passou a dedicar-se a medicina homeopática e contraiu novas núpcias.

O criador intelectual da Universidade Federal do Paraná


No início do século XX Nilo Cairo começou a reunir pessoas em torno da ideia de dotar a cidade de uma universidade, antigo sonho de Rocha Pombo.
Diversas pessoas aderiram, entre elas o deputado Victor Ferreira do Amaral, Plínio Tourinho, Flávio Luz, Euclides Bevilacqua, Daltro Filho, João Barcelos e Hugo Simas, entre outros.
Em 19 de dezembro de 1912, data comemorativa da emancipação do Estado, a Universidade do Paraná foi fundada. Lembrando que a Universidade era uma iniciativa particular, resultado do esforço de homens de visão, não nasceu da vontade do Estado. Só foi federalizada bem mais tarde.

Nilo Cairo, além de ser o 1º Secretário da universidade, deu aulas de filosofia, patologia geral e anatomia patológica no curso de Odontologia, homeopatia e terapêutica homeopática no curso de Medicina, geologia e mineralogia no curso de Engenharia e outras matérias no curso de Farmácia.

Em 1925, em função de problemas de saúde, afastou-se das salas de aula e mudou-se para Paranaguá, sua cidade natal. Em 1928 foi para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, para tratar de uma úlcera estomacal, onde veio a falecer no dia 6 de junho de 1928.

Em 1933 os restos mortais de Nilo Cairo foram transferidos do Rio de Janeiro e colocados no pedestal do busto mostrado na foto.

Referência:

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Capela Santa Maria

Capela Santa Maria
Capela Santa Maria
Capela Santa Maria

A Capela Santa Maria hoje é um espaço cultural com sala de concertos e é a sede da Camerata Antiqua de Curitiba, grupo de coro e orquestra fundado em 1974 e mantido pela prefeitura.

O Colégio Santa Maria iniciou as suas atividades, com o nome de Instituto Santa Maria, em janeiro de 1925, após a chegada dos Irmãos Marista em Curitiba, que tinha ocorrido no ano anterior.
As instalações do colégio no local, entre as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro, eram bem grandes. Não consigo lembrar se ocupavam a quadra inteira, mas se não, devia faltar pouco. Em 1984 o colégio foi transferido para instalações novas no bairro São Lourenço.

A inauguração da capela foi em 15 de outubro de 1939. Em 1998 tornou-se propriedade do município e passou por uma restauração e adaptação, deixando de ser uma capela. É uma Unidade de Interesse de Preservação.

João de Mio, o autor do projeto e construtor


A capela, assim como todo o conjunto do antigo Instituto Santa Maria foi projetado e construído por João de Mio, arquiteto autodidata e construtor de origem italiana, responsável por muitas obras importantes na cidade no início do século XX.
Muitas fontes indicam, erroneamente, que o projeto do Instituto Santa Maria foi de autoria do engenheiro Eduardo Fernando Chaves. Na verdade, o que aconteceu é que como João de Mio não tinha diploma, ele pagou para o engenheiro assinar os seus projetos, que assim passou a ser, pelo menos legalmente, responsável pelas obras. Aliás, Eduardo Fernando Chaves foi um dos participantes da instalação da corporação de engenheiros e arquitetos na cidade.
Em uma carta a um amigo, João de Mio escreveu o seguinte: “Em 1937 planejei e dei começo a grandes trabalhos no Colégio Santa Maria, onde se destaca a artística Capella e o majestoso Salão Nobre”.

Amadeu Luis de Mio Geara, neto de João de Mio, escreveu: “O arquiteto autodidata e construtor começou as obras da Capela Santa Maria no dia 28 de setembro de 1937, conforme mostra sua anotação no livro que registra as despesas nos seus serviços. Ele já apresentara aos Irmãos Maristas os orçamentos para as diversas obras que projetara para toda a quadra: Rua XV de Novembro, Cons. Laurindo, Mal. Deodoro e Tibagi. E já construíra os primeiros pavilhões do Instituto Santa Maria (1932 a 1934), do Alpendre Recreio (1934/35), salas de aula, salão nobre e Faculdade de Filosofia.”

Obs.: Este texto foi alterado em 01 nov. 2016 para refletir novas informações sobre o autor do projeto da capela.

Referências:

domingo, 20 de dezembro de 2015

A máscara de Lala Schneider

A máscara de Lala Schneider

A máscara de Lala Schneider

Placa junto a máscara de Lala Schneider

Esta herma em homenagem a Lala Schneider é um pouco diferente do convencional. O normal seria um busto encimando a hermeta, mas nesse monumento temos uma máscara. Nada mais adequado para homenagear a grande dama do teatro paranaense, uma vez que a máscara costuma ser um dos símbolos do teatro.
O monumento, de autoria dos artistas argentinos Alfi Vivern e Maria Inés Di Bella, tem o pedestal (hermeta) com a base na forma de um bloco de granito e transforma-se na parte superior em uma coluna com formato de estrela, sobre a qual está a máscara em bronze.
O monumento está na Praça Santos Andrade, bem em frente e voltado para o Teatro Guaíra.

Lala Schneider


Lala Schneider nasceu em Irati em 23 de abril de 1926 e faleceu em Curitiba em 28 de fevereiro de 2007. Entrou no palco pela primeira vez em 1950 e a partir daí participou de inúmeras peças e ganhou muitos prêmios. Levou a sua atuação também ao rádio, televisão e cinema. Foi ainda diretora e professora de interpretação.

Referências:

sábado, 19 de dezembro de 2015

Marechal Deodoro 327

Sobrado na Rua Marechal Deodoro, 327 Curitiba

Este sobrado localizado na Rua Marechal Deodoro, 327 é uma Unidade de Interesse de Preservação. Não sei nada sobre a história dele.
O sobrado foi restaurado e encontra-se muito bem conservado. Destaque especial para a porta central e sacada no segundo andar.
É ocupado pelas "Casas Bahia" (não sei se é a proprietária) que está de parabéns, inclusive pela colocação de uma placa bem discreta, que não tira a beleza da edificação.
Algumas empresas já perceberam que a conservação do patrimônio da cidade rende retorno em termos de imagem.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Hermes Macedo

Hermes Macedo

A Hermes Macedo foi a maior empresa varejista do Paraná e chegou a ser a 33ª maior empresa privada em volume de vendas do país, segundo uma lista elaborada pela revista “Exame”.

Em 1932, aos dezoito anos de idade, o gaúcho de Rio Pardo, Hermes Farias de Macedo fundou a empresa com o nome de Agência Macedo.
No início dedicava-se ao comércio de autopeças usadas para veículos. Compravam veículos velhos e desmontavam para vender as peças. Com o sucesso do empreendimento começaram a importar peças novas dos Estados Unidos, uma coisa inédita na época.

A primeira loja da HM era na Rua João Negrão. Já em 1936 o negócio inicial estava consolidado e resolveram então abrir uma segunda loja, localizada na Praça Generoso Marques, próximo à prefeitura na época. O local era bem movimentado, com diversas linhas de bonde passando pela região. Nessa segunda loja iniciaram a comercialização de bicicletas francesas e alemãs e eletrodomésticos, algo relativamente novo no mercado brasileiro.
Em 1942 abriram uma terceira loja, desta vez em Ponta Grossa, iniciando assim a expansão para fora dos limites de Curitiba.
Em 1944 adquiriram um prédio que antes era ocupado pela Indústrias Reunidas Matarazzo, na Rua Barão do Rio Branco, e instalaram ali a matriz da empresa. Esse é o prédio mostrado na foto.

Do Rio Grande ao Grande Rio


Dai em diante a Hermes Macedo só cresceu, chegando a ter 285 lojas.
O Grupo Hermes Macedo, além das lojas, controlava também a Alfa Serviços de Crédito e Informática, Mercúrio Propaganda, HM Náutica, HM Financeira (mais tarde transformada em Banco HM), concessionárias de veículos, Auto Center HM e outras empresas de apoio.
O declínio da Hermes Macedo começou no início dos anos 1990. Com o Plano Collor, inflação galopante, com concorrência maior e com uma crise familiar gerada pela disputa do comando, a empresa entrou em concordata em 1995 e em 1997, atolada em dívidas, entrou em falência.

Pneu carecou, HM trocou


Sem dúvida alguma, a Hermes Macedo faz parte da memória de Curitiba. Contribuiu muito para isso o fato que a empresa desde o seu início investiu muito em propaganda e publicidade. Logo nos primeiros anos publicavam anúncios nos jornais procurando por veículos usados para comprarem e assim abastecer a loja de peças. Depois, sempre tiveram presença forte em todos os veículos de informações da época: jornal, rádio, televisão, cartazes, placas de estrada e outros. Era a maior verba publicitária do estado e muitos veículos tinham a HM como seu maior cliente. Chegaram a ter uma agência de propaganda própria, a Mercúrio (talvez um dos erros, pois em um determinado momento a empresa não soube renovar a sua mensagem).
De qualquer forma criaram slogans históricos, que muita gente ainda tem na memória: “Pneu carecou, HM trocou”, “Do Rio Grande ao Grande Rio”, entre outros.

Referências:

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Casa verde na Rua Padre Antônio

Casa verde na Rua Padre Antônio em Curitiba

Diferente de quando você está dirigindo e prestando atenção no trânsito, quando você anda a pé e com mais vagar acaba percebendo coisas que passam despercebidas quando está no carro.
O que chamou a minha atenção nessa simpática casa foi a forma arredondada da entrada e da porta.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Prédio histórico da Universidade Federal do Paraná

Prédio histórico da Universidade Federal do Paraná

Prédio histórico da Universidade Federal do Paraná

Depois de um “largada falsa” em 1892, quando José Francisco da Rocha Pombo chegou a colocar a pedra fundamental da Universidade do Paraná - projeto que acabou não sendo concretizado em função da Revolução Federalista - o ensino superior no Paraná iniciou mesmo em 19 de dezembro de 1912, quando Victor Ferreira do Amaral e Silva e Nilo Cairo da Silva fundaram a Universidade do Paraná, como uma entidade de ensino privada.
Inicialmente instalada na Casa Manoel Miró, na Rua Comendador Araújo (antiga Rua do Mato Grosso), as aulas iniciaram em 1913. Os primeiros cursos implantados foram os de Ciências Jurídicas e Sociais, Engenharia, Medicina e Cirurgia, Comércio, Odontologia, Farmácia e Bioquímica
Em agosto de 1913, em um terreno doado pela prefeitura, foram iniciadas as obras na Praça Santos Andrade. Com projeto do engenheiro Guilhermino Baeta de Farias, inicialmente é construído apenas um bloco de cinco andares com uma cúpula central, em um estilo mais próximo do beaux-arts. A inauguração ocorreu em 1915.
Em 1923 ampliaram o prédio com a construção de dois blocos laterais (um de cada lado), conforme previa o projeto original.
Ao longo dos anos o prédio foi reformado e ampliado diversas vezes, até que em 1954 passou a ocupar a quadra inteira e sofreu uma grande reforma com a criação, inclusive, de uma nova fachada que alterou o estilo para o neoclássico. Foi eliminada a cúpula central e visualmente o prédio passou a ter três blocos encimados por frontões triangulares. No bloco central foi construído um pórtico, encimado pelo frontão triangular e com altas colunas, características que remetem aos antigos templos gregos. O prédio com essa nova aparência foi reinaugurado em 1955 e foi um projeto do engenheiro Carlo Barontini.

O prédio é uma Unidade de Interesse de Preservação. Em 1999, em uma dessas enquetes promovidas na rede de computadores, foi escolhido como símbolo da cidade.

Referências:

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Barão do Rio Branco 158

Sobrado na Rua Barão do Rio Branco, 158 Curitiba

Este sobrado na Rua Barão do Rio Branco é bem simpático. Destaque para as portas e janelas no segundo andar e para o gradil da sacadas com desenhos circulares. Está relativamente bem conservado. Atualmente funciona no local uma casa comercial.
É uma Unidade de interesse de Preservação.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Travessa da Lapa

Travessa da Lapa em Curitiba

Sempre que vejo esse trecho da Travessa da Lapa tenho uma certa sensação de estranhamento. Nessa parte só circula ônibus e pessoas. Os ônibus passam por baixo de um prédio, que no dia que tirei a fotografia, além disso estava “envelopado” (parece que estão fazendo uma reforma nele).
Antes os ônibus circulavam pela Rua Barão do Rio Branco, mas para proteger os prédios antigos lá localizados, o prefeito Rafael Greca de Macedo desviou a circulação deles para a travessa. Excelente idéia.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Edifício na Praça Gibran Khalil

Escritório central da Philip Morris Brasil em Curitiba

Este edifício cujo endereço oficial é na Av. João Gualberto, mas cuja maior fachada é voltada para a Praça Gibran Khalil, é o escritório central no Brasil de uma multinacional do tabaco.
Não sei, mas cada vez que olho para ele fico com a impressão que está sendo exprimido pelos outros prédios, que querem jogá-lo para o meio da rua. Deve ser alguma coisa com as proporções dele e com a minha imaginação.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Antiga sede do Bar Palácio

Antiga sede do Bar Palácio em Curitiba

Antiga sede do Bar Palácio em Curitiba

O Bar Palácio, fundado em 1930, é um bar e restaurante tradicional de Curitiba. Um daqueles que fazem parte do folclore urbano, com direito a livro, tese de mestrado e tudo o mais.
A foto é da sua antiga sede na Rua Barão do Rio Branco, quase em frente ao Palácio da Liberdade, antiga sede do governo estadual.
Confirmando a vocação, atualmente funciona no local, que é uma Unidade de Interesse de Preservação, um outro bar e restaurante. A casa é bem bonita e foi bem restaurada.

Com comida simples, mas deliciosa, o Palácio funcionava até as sete e trinta da manhã. Além da tradicional boêmia frequentadora do local e pessoas simples que trabalhavam a noite, era comum encontrar na madrugada gente de smoking e vestido longo. Era o pessoal que saia dos bailes e passava para fazer uma boquinha ou tomar mais uma antes de ir para casa.

O Bar Palácio proibia a entrada de senhoras desacompanhadas, para evitar que as moças que não estavam propriamente interessadas nas qualidades gastronômicas do local fossem fazer ponto ali. Na década de 1980 um grupo de feministas resolveu processar o bar por causa dessa regra. E as moças perderam a ação. A imprensa acompanhou o assunto e isso só ajudou a aumentar a fama.

Atualmente o Bar Palácio está localizado bem próximo do seu lugar original, na Rua André de Barros, 500; com o mesmo cardápio e a mesma decoração simples.

Se você nunca foi no Bar Palácio, tem que ir. Você não pode declarar-se curitibano (natural ou residente) se não foi pelo menos uma vez lá.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Uma obra de Elvo na Marechal Deodoro

Escultura de Elvo Benito Damo em frente ao Citibank em Curitiba

Esta escultura em metal e madeira instalada na frente do prédio do Citibank na Rua Marechal Deodoro é de autoria de Elvo Benito Damo, escultor nascido em 1948 em Caçador (SC), mas residente em Curitiba há muitos anos.
Elvo é responsável pelo Atelier Livre de Escultura da Fundação Cultural de Curitiba, no Parque São Lourenço.
Segundo uma entrevista publicada na “Gazeta do Povo” em 2007, esta escultura e outra em madeira e concreto localizada no interior do Teatro Guaíra, eram as suas obras preferidas. Elvo é um artista talentoso e muito produtivo e pode ter executado outras obras que ele prefira agora.

Referência:

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Hospital Universitário Cajuru

Hospital Universitário Cajuru em Curitiba

Hospital Universitário Cajuru em Curitiba

O site do hospital diz o seguinte:

“O Hospital Universitário Cajuru (HUC) foi inaugurado em 1.958 e pertenceu a União dos Ferroviários até 1.977, quando foi adquirido pela Associação Paranaense de Cultura. Presta serviços em múltiplas especialidades, sendo referência no atendimento ao trauma, em urgências e emergências cirúrgicas. Primeiro e maior hospital Pronto-Socorro do Paraná, tem como expertises os procedimentos cirúrgicos nas áreas de cirurgia geral e do trauma, cirurgia ortopédica e neurológica, além de ser campo de estágio para os cursos da Escola de Medicina e Escola de Saúde e Biociências da PUCPR.”

Tenho encontrado em minhas pesquisas algumas referências a um hospital bem mais antigo. Seria um hospital ligado a empresa que construiu a ferrovia Paranaguá-Curitiba. Até agora não consegui descobrir se ficava no mesmo local e se teria alguma relação com o hospital atual.

Referência:

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Barão do Rio Branco 161

Sobrado na Rua Barão do Rio Branco 161 em Curitiba

Este belo sobrado na Barão do Rio Branco, uma Unidade de Interesse de Preservação, está muito bem restaurado e preservado (descontando as abomináveis pichações).
O andar térreo é ocupado por uma instituição financeira (ou seu representante) e o andar superior parece ocupado por uma residência.
Um exemplo de que é possível preservar o patrimônio da cidade ao mesmo tempo que o usa.
Pena que o exemplo não é seguido pela Estado do Paraná, que é proprietário de uma Unidade de Interesse de Preservação no outro lado da rua, quase em frente, que depois de deixar o prédio em abandono e sem conservação por quinze anos, o colocou a venda.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Anexo da Assembléia Legislativa do Paraná

Anexo da Assembléia Legislativa do Paraná

Anexo da Assembléia Legislativa do Paraná

Quando publiquei as fotos da Assembléia Legislativa do Paraná, deixei de publicar as desse anexo (na verdade, não tinha fotografado).
Esse anexo faz parte do projeto original elaborado por Olavo Redig de Campos e deveria ser destinado a Secretaria da Câmara dos Deputados (serviços administrativos, financeiros e de apoio). Não sei dizer se têm este uso atualmente.
É uma construção com linhas bem típicas da arquitetura modernista. Um grande bloco horizontal de três andares, com faixas de vidros, apoiados sobre pilotis. Na parte superior um terraço com um bloco com a laje de cobertura na forma de “v”, ou asa de borboleta.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Trem-bala

Trem-bala

"Não há paciência para uma paisagem, para um deslumbramento, para um silêncio. Ao menos não aqui, nos trilhos urbanos, onde todos assistem à vida passar como se estivessem na janela de um Trem (...) Empurrados por este ritmo alucinante do cotidiano, fazemos uma leitura dinâmica dos fatos (...). Fatos pessoais, diários, que mereceram uma espiada menos veroz (..) A vida não vem com air-bag: uma freada agora, a esta velocidade, seria fatal. Em frente, então. Mas que cada um saiba criar sua área privativa de descanso: um livro no final da noite, um fim de semana na praia, uma caminhada pela manhã, uma meditação básica. Refúgios que permitam continuar seguindo a viagem sem perder a melhor parte, que é nossa reflexão sobre o que acontece lá fora, já que não dá para saltar deste trem-bala."

(Trecho da crônica "Trem-bala" de Martha Medeiros)

Referências:

sábado, 5 de dezembro de 2015

“Guairinha”

“Guairinha”

“Guairinha”

O Auditório Salvador de Ferrante, mais conhecido como “Guairinha”, faz parte do conjunto do Centro Cultural Teatro Guaíra.

Em estilo modernista, o conjunto todo do Teatro Guaíra foi projetado pelo arquiteto Rubens Meister (1922-2009). O projeto foi escolhido pelo então governador Bento Munhoz da Rocha Netto como parte das inúmeras obras que programou para as comemorações do centenário da emancipação da Província do Paraná.

As obras iniciaram em 1952 e o Guairinha foi o primeiro dos auditórios a ficar pronto. Foi inaugurado em 19 de dezembro de 1954 com a presença do então presidente da república, Café Filho. Na ocasião, entre outras obras, foi também inaugurado o Palácio Iguaçu.

Com platéia e balcão, o auditório tem 496 lugares. A primeira peça encenada, em 25 de fevereiro de 1955,  foi “Vivendo em Pecado”, de Terence Rattigan.

O restante da construção do teatro foi bem demorado, sendo que o grande auditório (2.167 lugares) só foi inaugurado em 12 de dezembro de 1974 e o míni auditório (107 lugares) em 1975. Mas isso é história para uma postagem futura.

O Teatro Guaíra é bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e é uma Unidade de Interesse de Preservação.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Sobrado rosa na Barão do Rio Branco

Sobrado rosa na Barão do Rio Branco, Curitiba

Sobrado rosa na Barão do Rio Branco, Curitiba

Mais um dos sobrados da Barão do Rio Branco, antiga Rua da Liberdade.
O que chama a atenção nesse são aquelas espécies de suportes das sacadas decorados com uma figura de um rosto.
Esta casa é uma Unidade de Interesse de Preservação.