terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Colégio Estadual Júlia Wanderley

Colégio Estadual Júlia Wanderley

Colégio Estadual Júlia Wanderley

No final do século XIX surgiu nos Estados Unidos e na Europa um movimento conhecido como Escola Nova, que pretendia uma educação que integrasse o indivíduo na sociedade e que pregava também o acesso de todos à escola.
Em 1932 os educadores brasileiros escreveram o “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova”. Desse manifesto alguns pontos merecem destaque: “uma escola primária pública universal, leiga, obrigatória e gratuita e estar em harmonia com a realidade brasileira; a escolarização adaptada às características de cada região e a formação em grau superior de todos os professores”.

No Paraná, Manoel Ribas, o interventor nomeado pelo ditador Getúlio Vargas, em seus mais de 13 anos de governo, tinha como prioridade a educação e a construção de escola. Foi um grande construtor de escolas no estado todo.
Uma de suas últimas realizações nessa área foi o Grupo Escolar do Bigorrilho, que em 29 de janeiro de 1946, quase três meses após Manoel Ribas ter deixado o governo, passou a ter a denominação de “Júlia Wanderley”, em homenagem a educadora paranaense.

O prédio apresenta uma solução arquitetônica diferente da maioria das construções escolares feitas no período do governo de Manoel Ribas, que foram em sua maioria no estilo neocolonial, em formato de “U”, seguindo plantas padrões.
O Júlia Wanderley, quando visto de cima (e não considerando as diversas ampliações) apresenta um formato de “T” e linhas austeras e retas, sem enfeites e com linhas predominantemente horizontais. A entrada da escola é ligeiramente avançada, com a presença de uma sacada.

O Colégio Estadual Júlia Wanderley está localizado na Avenida Vicente Machado.

Publicação relacionada:

Referências:
CASTRO, Elisabeth Amorim de. Grupos Escolares de Curitiba na primeira metade do século XX. Curitiba: Edição do autor. 2008. 160 p. 
CASTRO, Elisabeth Amorim de. Arquitetura das Escolas Públicas do Paraná (1853-1955). 2010. 364 p. Tese (Doutorado em História) - UFPR, Curitiba.