Referência:
SONETO DA ROSAMais um ano na estrada percorrida
Vem, como o astro matinal, que a adora
Molhar de puras lágrimas de aurora
A morna rosa escura e apetecida.E da fragrante tepidez sonora
No recesso, como ávida ferida
Guardar o plasma múltiplo da vida
Que a faz materna e plácida, e agoraRosa geral de sonho e plenitude
Transforma em novas rosas de beleza
Em novas rosas de carnal virtudePara que o sonho viva da certeza
Para que o tempo da paixão não mude
Para que se una o verbo à natureza.Vinicius de Morais, Rio de Janeiro, 1954
MORAES, Vinicious de. Vinicius de Moraes: Poesias: Soneto da Rosa. Disponível em: <http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/soneto-da-rosa>. Acesso em: 30 dez. 2015.