quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Outros dois sobrados na segunda quadra da São Francisco

Outros dois sobrados na segunda quadra da São Francisco

Esses dois sobrados na Rua São Francisco são Unidades de Interesse de Preservação e estão muito bem conservados. Julgando pelas pichações nas portas de correr, os proprietários devem travar uma luta constante contra esse tipo de coisa. mantendo a pintura das casas em dia.

Os dois têm grades de ferro fundido bem bonitas nas sacadas no pavimento superior, mas o da esquerda, pintado de azul, tem uma decoração bem mais elaborada, com portas e janelas em arco. Repare também naqueles suportes da sacada com figura humana.

Sobre o imóvel da direita, o amarelo, Márcia Kuchner escreveu em uma rede sociais o seguinte:

“… A história remonta ao período que Johannes Max Carl Rösener – imigrante alemão – chegou a Curitiba. Casou-se com Maria Senff e logo fundou a Papelaria Popular de Max Rösner e Filhos na Rua São Francisco nº 26 – uma das primeiras do Paraná. A estimativa é que tenha sido em 1896; sendo que em 1900 o local já constava no Livro de Impostos; Indústrias; e Profissões de Curitiba. Posteriormente, o comerciante viria a adquirir outros imóveis na região (Rua São Francisco nº 34; 32; e 38).
O imóvel de nº 26 é atualmente o nº 184 da Bella Vivenda. Possui arquitetura eclética; dois pavimentos; duas portas e uma janela no térreo; três portas e gradil de ferro na parte superior; além de três janelas no sótão. O primeiro andar era utilizado para o comércio – na época designado como estabelecimento de encadernação. Com o passar do tempo o local passou a ser classificado em papelaria e escritório; livraria; e livraria e encadernação. A parte superior foi destinada para a moradia da família.
A partir da década de 1940 a construção ganhou o nº 184. A empresa passou a se chamar Max Rosner & Filhos; e conta-se que chegou a ocupar parte térrea do sobrado vizinho de número 38 (adquirido por Johannes Max Carl Rösener em 1920). Após angariar importantes clientes como David Carneiro e o jornal o Estado do Paraná, o comércio passou a ter dificuldades em viabilizar o negócio.
 Entre os anos de 1980 até 1998 o local serviu como estacionamento; e posteriormente teve o abandono como cenário principal. Totalmente restaurado – e mantendo as características originais – a construção (considerada Unidade de Interesse de Preservação) é atualmente a casa da Bella Vivenda.”

Referência:

KIRCHNER, Márcia. [publicação em rede social]. Disponível em: <https://www.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/645382995626902/>. Acesso em: 29 dez. 2016