O prédio do Gymnasio Paranaense foi inaugurado em 24 de fevereiro de 1904.
Antes o Gymnasio Paranaense funcionava na Rua Emiliano Perneta (antiga Rua Aquidaban) junto como o atual Instituto de Educação do Paraná. Mais tarde, em 1943, ele virou o Colégio Estadual do Paraná, que em 1959 foi transferido para a sede atual, na Avenida João Gualberto.
O jornal “Diário da Tarde” daquele dia publicou a seguinte nota:
“Foi hoje, á uma e meia da tarde, inaugurado o novo edificio do Gymnasio Paranaense e Escola Normal, sito a Rua Borges de Macedo.
Usou da palavra o dr. Cerqueira que, em nome do governador, entregou o edificio inaugurado ao dr. Octavio do Amaral, e este, em pequena allocução, entregou ao director da instrucção publica o referido estabelecimento.
Durante a solenidade tocou a banda musical do regimento de segurança.”
O prédio está localizado na Rua Ébano Pereira (antiga Rua Borges de Macedo), em frente a Praça Santos Dumont. É um bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e uma Unidade de Interesse de Preservação. Atualmente é ocupado pela Diretoria de Assuntos Culturais da Secretaria de Estado da Cultura.
No livro “Espirais do Tempo” o prédio é assim descrito:
“Exemplifica, o antigo ginásio, o ecletismo de vocabulário neoclássico: composição simétrica, monumentalidade através do destaque de um corpo central, colunas greco-romanas e platibanda vazada no coroamento das fachadas.
O prédio é sublinhado pelo torreão central, destacando, em planta, ao avançar em relação ao conjunto, e em elevação, ao sobrepor-se à massa do edifício. A composição dos vãos obedece a duas diretrizes: no térreo, retangulares; no andar superior, arrematados em arco pleno. Colunas de capitel ladeiam os vãos do andar superior. Vale mencionar, internamente, o espaço central, de duplo pé-direito, coberto por clarabóia que cumpre o papel de área de circulação e distribuição, abrindo para ele as salas, dispostas à sua volta. No andar superior a circulação é feita por uma passarela, que sustentada por colunas de ferro desenvolve-se à volta do vazio desta área. São também metálicos o guarda-corpo dessa circulação e a armação da clarabóia. As paredes são de alvenaria de tijolo, possuindo as externas revestimento à bossagem, que confere ao edifício uma austeridade peculiar aos edifícios públicos da época.”
Publicações Relacionadas:
Instituto de Educação do Paraná
Colégio Estadual do Paraná
Referência:
FACTOS Diversos. Diário da Tarde. Curitiba, 24 fev. 1904, Ano Vi, n 1517, p. 2.
LYRA, Cyro Illídio Corrêa de Oliveira et al. Espirais do tempo: bens tombados do Paraná. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 2006. 440 p.