sábado, 8 de setembro de 2018

Capelinha do Água Verde

Capelinha do Água Verde, ou Capela Imaculada Conceição (este é o nome oficial dela), na Avenida República Argentina

Capelinha do Água Verde, ou Capela Imaculada Conceição (este é o nome oficial dela), na Avenida República Argentina

Capelinha do Água Verde, ou Capela Imaculada Conceição (este é o nome oficial dela), na Avenida República Argentina

A Capelinha do Água Verde, ou Capela Imaculada Conceição (este é o nome oficial dela), na Avenida República Argentina, esquina com a Avenida Água Verde, é uma Unidade de Interesse de Preservação.

A capelinha foi construída 1879 por Luiz e Ana Moletta, quando imagino que era apenas uma capelinha ao lado de um caminho da então Colônia Dantas. Ela foi reconstruída em 1891 por Sebastião e Maria Moletta.
Por volta de 1950 foi reconstruída novamente, desta vez mais afastada, dando espaço para o alargamento da Av. República Argentina. Mais tarde foi construído nos fundos da capelinha uma capela maior.

A Colônia Dantas foi criada em 1878 por Manuel Pinto de Souza Dantas Filho, então presidente da província e a colonização inicial foi feita por 36 famílias italianas.

A colônia deu origem aos atuais bairros do Água Verde, Vila Isabel e Guaíra.

O pessoal da cidade costumava caçar e pescar na região, que tinha mata fechada e riacho com muitos peixes

Dizem que o nome do Rio Água Verde, que nasce e cruza o bairro, indo desaguar no Rio Belém; deve-se a existência de algas que davam uma coloração esverdeada à água.

Em 1880, quando da visita de D. Pedro II a província do Paraná ele esteve na Colônia Dantas. No dia 23 de maio daquele ano, depois de visitar a cadeia, o mercado, o quartel de polícia, o depósito de artigos bélicos e almoçar (por volta das nove e meia); partiu para a Colônia Santa Cândida. Na volta passou pela Colônia Argelina e foi visitar a Colônia Dantas.
No seu diário não fez menção a capelinha ou ao rio. Fica difícil saber em que região da colônia ele esteve. Pode bem ter sido em um local antes do rio (isso é apenas especulação de minha parte).
O que ele escreveu no diário sobre a visita à Colônia Dantas foi o seguinte:

“… Enfim fui a um prazo dos da nova colônia Senador Dantas. O sítio é muito bonito. Terras, como quase todas carecendo de adubo tendo alguns dos colonos suas vacas ou cavalos, mas os da colônia Dantas aproveitam o esterco de uma cocheira vizinha. Muitos dos colonos preferem serviços na cidade e a indústria de transporte.”

Depois da visita o imperador ainda teve diversos compromissos, até a meia noite, quando voltou para a casa onde estava hospedado.

Referências:

D. PEDRO II. Diários. Maço 37, Doc. 1057, Vol. 23. Arquivo da Casa Imperial do Brasil - POB. Transcrições gentilmente fornecidas pelo Museu Imperial/IBRAM/MinC.
DESTEFANI, Cid. Tempo de Colônia. Gazeta do Povo, Curitiba, 25 out. 2008. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/colunistas/nostalgia/tempo-de-colonia-b8t5mzwe01sruszk0cantfy32/>. Acesso em: 8 set. 2018.