Essa casa na Rua Itupava chamou atenção pelo tamanho e pelo desenho geral.
Olhando imaginei, sem qualquer informação concreta, que foi um daqueles casarões de meados do século passado que foi modernizado.
Atualmente abriga a Sociedade Paranaense de Anestesiologia, em cujo site encontrei o seguinte:
“A história da anestesia no Paraná parece iniciar-se na cidade de Paranaguá, onde o médico alemão Dr. Sigmund Weiss, no início do século XX, teria utilizado pela primeira vez a cocaína em suas anestesias.
Até a década de 40, as anestesias eram aplicadas, na grande maioria das vezes, pelo próprio cirurgião ou por algum assistente de sua equipe e às vezes por enfermeiras, e consistiam quase sempre na administração de éter ou clorofórmio, evoluindo para o balsofórmio (mistura de éter, clorofórmio e gomenol), pelo sistema gota-a-gota, em máscara aberta (Yankauer), evoluindo posteriomente para o aparelho de Ombredanne. Alguns cirurgiões se aventuravam na anestesia venosa, utilizando o Evipan® e posteriormente o Nembutal®. Em concomitância com o ato cirúrgico, administravam anestesias loco-regionais, com o uso progressivo da cocaína, novocaína e tetracaína. Os obstétras utilizavam clorofórmio e posteriormente tricloroetileno nas analgesias obstétricas. … “.
Lembro que quando jovem li em um daqueles livros da “Coleção Seleções Reader’s Digest” sobre a história da descoberta da anestesia, que descrevia também como eram as cirurgias antes dos primeiros anestésicos.
É interessante que uma coisa que hoje temos como certa seja um procedimento muito recente na história do homem.