domingo, 13 de dezembro de 2020

Outra capelinha em casa de madeira

Casa de madeira com capelinha

Casa de madeira com capelinha - detalhe

Casa de madeira com capelinha - detalhe

Outra simpática casa de madeira com capelinha. Esta na Rua Paulo Ildefonso Assumpção.

No livro “1001 Ruas de Curitiba” encontrei o seguinte sobre o nome da rua.

“Paulo Ildefonso Assumpção, Rua – Bacacheri

Nasceu em Curitiba em 12 de maio de 1929, e em 1951 obteve o título de Bacharel em Ciências Econômicas. Formou-se em Direito em 1952 e recebeu os seguintes prêmios por ter conquistado o primeiro lugar da turma: Prêmio Ruy Barbosa, conferido pelo município de Curitiba. Prêmio Vieira Cavalcanti, maior nota em Direito Comercial e Medalha de Ouro, concedida pelo Centro Acadêmico “Hugo Simas”. Mantinha uma seção semanal na Folha de Londrina e participou do Congresso Nacional de Estudantes. EM 1953 ingressou no Ministério Público sendo nomeado para a Comarca de Londrina, permanecendo até a sua morte, em 15 de novembro de 1958.”

Pesquisando um pouco mais na rede encontrei uma outra pessoa com o mesmo nome no site “Artes na da Web”.

“D’ASSUMPÇÃO, Paulo Ildefonso. (Paulo D’ Assumpção, Paulo Ildefonso Assumpção)

Curitiba/PR, H 1868 - =1928.

Desenhista, pintor, escultor, crítico de arte, animador cultural, jornalista, cronista, escritor, professor e inventor. Após finalizar o Instituto Paranaense, inicia-se nas artes plásticas em 1886, frequentando, por seis meses, a Escola de Artes e Indústrias do Paraná, em Curitiba. Muda-se para o Rio de Janeiro/RJ, onde cursa Engenharia na Escola Politécnica. No entanto, abandona essa área de estudos, decidindo-se pelas Artes Plásticas. Assim, em 1887, matricula-se na Escola Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, merecendo menção honrosa nos exames finais. Em 1888, frequenta as aulas de escultura dos irmãos Rodolfo e Henrique Bernardelli e de Rodolfo de Amoedo, recebendo medalha de ouro ao final do ano. Em 1889, gradua-se em Arqueologia e História das Artes na mesma escola, conquistando nova medalha. Nessa época, conhece uma das únicas mulheres a frequentar a academia naquela época. Trata-se de Cândida Klier, carioca, filha de alemães, que se torna, mais tarde, sua esposa. Ainda estudante, trabalha como professor de Desenho e de Escultura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Em 1890, de volta a Curitiba, é nomeado professor de Escultura e Desenho na Escola de Artes e Indústrias, onde estudara. Já em janeiro de 1893 é nomeado, pelo Governo do Estado, professor de Desenho do Ginásio Paranaense. Apesar de suas indiscutíveis qualidades, Paulo D’Assumpção tem sua imagem ofuscada pela celeuma criada com seu ex-professor Antônio Mariano de Lima, considerada uma das causas de sua transferência definitiva para o Norte do Brasil. Em 1894 participa da fundação e dirige o Conservatório de Belas Artes com cursos de Música, Artes Plásticas e Literatura. Em 1908, quando ainda exerce funções de oficial de gabinete de Vicente Machado, igualmente funda e é o primeiro diretor da Escola de Aprendizes e Artífices de Curitiba, que vem a ser o embrião da Escola Técnica de Curitiba - mais tarde Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) - e a matriz dos CEFETs fundados em outros estados - hoje, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Esclarece Edwino Tempski: [...] foi, ainda, um construtor da civilização do que é exemplo a organização da Escola de Aprendizes e Artífices de Curitiba, que ele soube fazer, modelar em todo o país, valendo-lhe a dignificante comissão de reorganizar as dos Estados do Norte da República. Ocupa cargos oficiais junto ao Governo do Estado do Paraná, trabalhando no Arquivo Público e na Repartição de Estatística do Estado. Paulo D’Assumpção é reconhecido não só como professor e artista, mas também como inventor, criando um processo de tratamento da erva-mate à moda do chá da China e uma jangada de tubos ocos, movida a hélice aérea. É o autor da bandeira do Paraná (1893) - mais tarde alterada por Romário Martins - e do escudo da UFPR (1912). Atua na Revolução Federalista, ingressando como praça no Batalhão 23 de Novembro. Combate em Paranaguá, onde conquista o posto de capitão honorário. Escreve crônicas para jornais, sendo lembrado pela fluência com que trata do cotidiano paranaense e, principalmente, por sua inclinação à música. Como jornalista, influencia a vinda de diversas companhias de teatro e de músicos famosos, que resulta em seus textos críticos sobre a atuação de instrumentistas, declamadores e cantores, ação que o consagra também como atuante animador cultural. É membro do Centro de Letras e da Academia Paranaense de Letras, onde, em 13 de maio de 1924, faz elogio ao patrono Brasílio Itiberê. É autor dos livros Amazonas, Catedrais, do folhetim Lucy, das peças teatrais A Taça do Amor, lançada em 1917, e de Bennot. Falece em 1928. Edwino Tempski afirma categoricamente: [...] creio que a história das artes pictóricas do Paraná não pode e não deve omitir a atividade pioneira de Paulo Ildefonso, eis que, a meu ver, provavelmente, foi o primeiro pintor curitibano e o primeiro escultor do Paraná.”

Como bateu uma dúvida, tentei ver se encontrava no site da Câmara Municipal de Curitiba a proposição da nomeação da rua. Mas não encontrei. Aliás, o site da CMC é difícil de pesquisar, lento e só tem nos arquivos coisas mais recentes.

Referências:
MUZZILLO, Camilla (Org.). 1001 Ruas de Curitiba. Curitiba: Artes & Textos, 2011. 240 p.
D’ASSUMPÇÃO, Paulo Ildefonso. In: ARTES NA WEB [site]. Disponível em: <http://www.artesnaweb.com.br/index.php?pagina=home&abrir=arte&acervo=1215>. Acesso em: 23 dez. 2020