QUANDO MEU BARCO ANCORAR NO PORTO
Quando meu barco ancorar no Porto,
Por favor não chorem, não lamentem.
Lembrem-se que não estou só,
que o cais está repleto
das muitas naves que partiram antes.
Lembrem-se que mão amigas
Ajudarão a retirar as velas
Porque o vento não mais açoitará a barca.
Só a brisa mansa ondulará as águas
Num embalo doce p’ra adormecer as vagas…
Lembrem-se que o navegante
foi dispensado do trabalho insano
E pode agora repousar tranquilo
não mais vigílias, nem pesar profundo,
não mais receios da escuridão da noite.
da Poetisa Curitibana Carmem Carneiro
em maio de 1957
Painel de azulejos no Cemitério Municipal de Curitiba.
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